Precisamos falar sobre a nossa língua
A Universidade Federal Fluminense (UFF) sediou entre os dias 7 e 10 de março o 10º Congresso da Associação Brasileira de Linguística (Abralin). Neste ano, a Abralin comemora 48 anos de trajetória, tendo como objetivo a divulgação da pesquisa linguística brasileira. O tema do congresso foi “Pesquisa linguística e compromisso político”, enfatizando o papel político do linguista diante dos novos rumos do ensino da língua no século 21.
A conferência de abertura foi realizada pelo professor Carlos Alberto Faraco, da Universidade Federal do Paraná. Faraco destacou a importância de um debate público sobre os caminhos do ensino da língua na atualidade. Para ele, não pode existir uma discussão séria sem que haja a participação efetiva do linguista.
Faraco salientou o fato de que os linguistas, muitas vezes, são vistos como pessoas “perigosas” e para quem “tudo vale” no ensino da língua materna. Segundo o professor, é urgente que esse tipo de posicionamento mude para que questões sobre a língua possam ser discutidas e que isso se reflita num ensino mais eficiente.
As professoras Maristela Gripp, Gisele Thiel e Daíne Cavalcanti, da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter, participaram do congresso e apresentaram comunicações relacionadas ao trabalho que elas têm desenvolvido com os alunos do curso de Letras da instituição. “Vimos que o nosso curso está muito bem organizado e de acordo com as diretrizes linguísticas atuais”, diz Maristela.
Para Daíne, a participação em congressos, como o da Abralin, permite conhecer novas pesquisas na área e apresentar o resultado dos trabalhos que elas tm feito na Uninter. “É importante para o aluno de Letras pensar os processos de aquisição e valoração do letramento em diferentes níveis de aprendizagem escolar”, salienta Gisele, que apresentou no evento discussões sobre o processo de alfabetização e letramento.
Edição: Mauri König