Prática criativa revela como superar desemprego e abrir a própria empresa
A taxa de desemprego no Brasil vem crescendo nos últimos anos, acumulando mais de 13,7 milhões de trabalhadores sem ocupação, segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE. Para fugir dessa realidade, muitas pessoas têm escolhido encarar o medo e as dificuldades para começar o próprio negócio. Mas será que elas entendem o que é necessário para conduzir uma empresa?
Pensando nisso, o professor do curso de Administração da Uninter Julio Cezar Bernardelli promoveu uma atividade prática que foi desenvolvida com a turma desde o começo das aulas, na disciplina de Administração, Sistemas e Ambientes. “Eu queria passar para eles essa noção de como se constrói uma empresa, por que muitas vezes pequenas empresas acontecem do nada. As pessoas resolvem montar sem ter preparo, objetivo, sem planejamento”, explica.
Como abrir o próprio negócio
A turma foi dividida em equipes que deveriam simular a abertura de uma empresa, com direito à contratação e demissão de funcionários, plano de negócios e todos os elementos que compõem um estabelecimento. A tarefa era criar um produto inovador, e foi decidido que seria na área de alimentos.
“Cada aula que trabalhávamos um tópico, este era colocado dentro da empresa. Então eles começaram a trabalhar o organograma, fazer trocas dentro das equipes. Eles começaram a sentir um pouco essa dinâmica do mercado, como funciona, e ter esse convívio em equipe, porque administrador sempre tem que trabalhar em conjunto”, conta.
Todo esse trabalho resultou em uma Mini Feira de Inovação, onde as equipes formadas apresentaram seus produtos para outras turmas do campus Divina da Uninter. As empresas criaram desde rodízio de pão de queijo recheado e pizza doce com massas alternativas de brócolis, beterraba e cenoura, até caldas para salada de frutas e biscoitos fit com geleia de pimenta.
Tudo preparado com muita dedicação e empenho, o que agradou aos estudantes que estiveram lá para prestigiar a feira. “Achei muito bom, gostei da pizza, pra mim foi o mais criativo. Legal esse tipo de atividade, precisamos aderir no nosso curso, vou levar a ideia para nossa professora”, comentou Heloisa Batista, aluna de Pedagogia da Uninter.
Guloseimas criativas
Savio Luiz Prado, integrante da equipe que propôs as caldas para salada de frutas, falou sobre o processo de criação e a experiência da atividade. “Foi desafiador, por conta de algumas limitações minhas, porque eu trabalho durante o dia. Mas com a ajuda do grupo, de ideia em ideia, conseguimos chegar ao produto final. Agregou bastante, principalmente por criar algo do zero. Nós produzimos durante as aulas, e o professor deu bastante dicas, ajudou muito”, diz.
A equipe de Vitor Camargo pensou em algo diferente. “Nós tivemos a ideia de vender o bolo normal, mas inovar no serviço. Pensamos em um serviço sem contato do consumidor com a loja, então o pedido é feito por meio do aplicativo e entregue de bicicleta”. Para ele, a atividade é interessante para entender como funciona a organização de uma empresa. “A nossa ideia foi adaptada a partir do que nós aprendemos nas aulas. Pra mim, toda atividade prática é válida, porque é importante pra gente aprender mais”.
Autor: Jaqueline Deina - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Jaqueline Deina - Estagiária de Jornalismo