Prática acadêmica ajuda a compreender as relações internacionais

 

Letícia Costa – Estagiária de Jornalismo

O que faz um diplomata? Como se dão as relações do Brasil com outros países e quem as estabelece? Como ingressar na carreira diplomática? Essas e outras dúvidas foram esclarecidas no segundo dia da Semana Acadêmica de Ciências Políticas e Relações Internacionais do Centro Universitário Internacional Uninter na terça-feira (16), no auditório do campus Tiradentes.

A semana acadêmica discutiu a inserção no mercado de trabalho, trazendo alternativas profissionais aos alunos dos cursos de Ciência Política e Relações Internacionais. Quatro profissionais da área compuseram uma mesa-redonda para compartilhar as suas experiências e esclareceram as dúvidas dos estudantes. Uma das ênfases foi a importância da prática ainda durante a graduação para melhorar o desempenho futuro no exercício das relações internacionais.

“Quando saí da faculdade, percebi que tinha muito da parte teórica e quase nada da prática. Cheguei no trabalho e me falaram que eu teria cinco embaixadores para atender no mês seguinte, marcar honras militares, e eu não havia aprendido isso na faculdade. Então, teve muitos processos que tive de aprender na prática e que hoje utilizo muito no meu dia-a-dia”, diz a assessora da Secretaria de Relações Internacionais do Paraná, Camila Gonçalves de Almeida.

Maria Helena de Macedo atua no Itamaraty e explicou que há três carreiras neste órgão encarregado das relações do Brasil com outros países e da participação em organizações internacionais. “Normalmente, a gente pensa só sobre a carreira de diplomata, mas há três carreiras no serviço exterior brasileiro, que são possíveis campos de atuação de estudantes de relações internacionais. São os diplomatas, os oficiais de chancelaria com nível superior e de nível médio e os assistentes de chancelaria. “É um trabalho em equipe e as funções são interdependentes”, disse.

Os diplomatas, por exemplo, executam atividades de natureza diplomática, consular, em aspectos específicos de representação, negociação, informação e proteção de interesses brasileiros no campo internacional. Já os oficiais de chancelaria atuam basicamente em atividades de análise de informação, alimentando informações que serão utilizadas pelos diplomatas e na gestão das relações internacionais.

Os alunos que participaram do segundo dia da semana acadêmica também contaram com falas do gestor de Recursos Humanos e Logística da Volkswagen, Rodrigo Portela Brito, e do cônsul da Argentina no Paraná, Pedro Ezequiel Marota, que em representação do corpo consular do Paraná contou sobre o trabalho que é desenvolvido.

Edição: Mauri König

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