Porque se capacitar para acolher crianças e adolescentes
Pesquisas em abrigos de São José dos Pinhais e Curitiba deram origem à oficina apresentada pelo coordenador do curso de Serviço Social da Uninter, Dorival da Costa, durante a Jornada Acadêmica realizada no início deste mês, no campus Garcez da instituição, em Curitiba. O projeto desenvolvido por Dorival, que já completou dois anos na instituição, coletou informações sobre crianças e adolescentes que já passaram pelos abrigos, criando assim um perfil desse público.
Diante dessa pesquisa, percebeu-se a necessidade de discussão sobre quais são os principais instrumentos de trabalho do pedagogo, de um assistente social, psicólogo, administrador ou contador diante de uma entidade de alta complexidade na política de assistência social.
Segundo Dorival, embora haja muitos desses profissionais trabalhando nas unidades de acolhimento, não há uma formação que pense nesse local como espaço de intervenção técnica “Muitas vezes o profissional chega sem a mínima noção do que vai fazer nesse espaço. O complexo exige muito da pessoa enquanto sujeito e também enquanto técnico profissional dessa atividade”, diz.
Por esse motivo, a oficina teve como objetivo abrir uma discussão sobre qual tipo de capacitação e organização profissional são necessárias para atender à demanda de crianças que são retiradas das famílias, seja por orfandade, por violência, abandono, negligência e outras possibilidades.
Tanto a academia quanto os colegas e suas formações foram desafiadas. “Estamos formando sujeitos que possam trabalhar esse espaço”, afirma o professor. Para isso, é preciso ter conhecimento sobre quais são as habilidades que se possui para intervir e garantir o direito no espaço de convivência familiar e comunitária das crianças e adolescentes acolhidos, de forma que seja adequada para a sua formação.
Autor: Valéria Alves – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Valéria Alves - Estagiária de Jornalismo