CELEBRAÇÃO

Por que o Dia da Consciência Negra?

A comemoração oficial do Dia da Consciência Negra ainda é questionada no Brasil. Mas o que de fato esse dia representa? Em um 20 de novembro, há 323 anos, foi morto Francisco Nzumbi, mais conhecido como Zumbi dos Palmares, o último líder do Quilombo dos Palmares.

Zumbi nasceu em 1655. Apesar de ter nascido livre, com 7 anos foi capturado por soldados que o entregaram ao Pe. António Melo, que o batizou na Igreja Católica com o nome de Francisco. Em 1670 Zumbi fugiu para o Quilombo dos Palmares, que ficava na região de Pernambuco. Aos 20 anos, ganhou reconhecimento como estrategista militar e guerreiro, quando lutou contra os soldados do Sargento Manuel Lopes. Cinco anos depois, o Quilombo sofreu novo ataque dos portugueses e ele mais uma vez se destacou.

Zumbi assumiu a liderança do Quilombo dos Palmares em 1678. Em 1695 foi assassinado por soldados portugueses, que expuseram sua cabeça em Recife, numa praça pública. Por isso, o movimento negro escolheu essa data para celebrar o dia de luta por suas causas.

Como a História influencia a vida do negro hoje?

O Brasil possui a maior população negra das Américas, com 51% de seus habitantes autodeclarados negros ou pardos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Porém, mesmo com as cotas raciais, os negros representam apenas 12,8% dos estudantes em universidades em todo o país. Segundo o Atlas da Violência, um jovem negro é morto a cada 21 minutos. O homicídio de jovens brancos diminuiu 6,5% no último ano, enquanto o de jovens negros aumentou 23,5%. A mulher negra ganha apenas 40% do valor do salário médio de um homem branco.

O Brasil foi o último país do mundo a abolir a escravatura, em 1888. A situação da população negra em nosso país ainda reflete os 388 anos de escravidão. Por isso é tão importante lembrar desta data e promover a luta pela igualdade racial em nosso país.

Incorporar HTML não disponível.
Autor: Caroline Paulino e Letícia Costa - Estagiárias de Jornalismo
Edição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *