Poluição atmosférica: riscos para a saúde e impacto na economia

Autor: Daniela Mascarenhos - Estagiária de jornalismo

A imagem da fumaça saindo pelas chaminés das empresas foi por muitos anos um símbolo de progresso, assim como a produção crescente de automóveis e diversos outros bens de consumo. O avanço na dinâmica de produção industrial fez com que o consumo de recursos naturais fosse feito muito mais rápido do que sua renovação na natureza. Segundo estudo do Global Footprint Network, isso vem ocorrendo desde 1970.

Hoje, nossa percepção sobre a relação entre o aumento da produção industrial e o progresso mudou, muito por causa dos impactos ambientais. Entre os perigos para a saúde humana está a poluição atmosférica, cujo nível é determinado pela quantidade de substâncias poluentes presentes no ar. Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou uma série de componentes tóxicos para os humanos, dentre eles, o material particulado (MP) foi considerado um dos com maior efeito sobre a saúde.

O MP consiste em partículas extremamente finas de sólidos ou líquidos suspensos no ar, seja em formato de poeira, neblina, aerossol, fuligem, fumaça etc. Tendo a inalação como a principal forma de exposição humana a essas substâncias, as doenças respiratórias e cardíacas provenientes da presença dessas partículas no ar foram as primeiras a serem conhecidas. Dados do Saúde Brasil 2018, do Ministério da Saúde, apontam que as mortes por causa do ar poluído aumentaram 14% em dez anos.

Segundo estudo realizado por Jos Lelieveld e Ulrich Pöschl, diretores de química atmosférica e multifásica no Instituto Max Planck, em Maiz, Alemanha, mais de 90% da população mundial está exposta à poluição ao ar livre acima do limite das diretrizes estabelecidas pela OMS.

De acordo com um relatório do Banco Mundial e do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (2016), a poluição do ar custou aproximadamente US$ 225 bilhões à economia global em 2013. Já no Brasil, no ano de 2018, os custos ultrapassaram R$ 1,3 bilhão.

Ella Kissi-Debrah, uma garota de 9 anos de Londres (Inglaterra), morreu em fevereiro de 2013 após uma crise de asma. Somente em 2020 um legista confirmou que sua morte foi decorrente da exposição à poluição atmosférica extrema. O legista considerou como causa significativa de sua asma o intenso tráfego de veículos perto de sua casa. Ella foi considerada a primeira pessoa a ter “poluição atmosférica” como uma das causas oficiais de sua morte. No entanto, a OMS estima que a cada ano aproximadamente 7 milhões de pessoas percam a vida por causa da poluição do ar.

O assunto foi abordado no artigo Poluição atmosférica como fator de risco à saúde humana e seu impacto na economia, publicado na revista Saúde e Desenvolvimento, uma das nove publicações científicas da Uninter. A autora, Carolina Neiva Domingues Vieira de Rezende, aponta também a relevância dos compromissos firmados e das medidas implementadas para reduzir esses impactos. Você pode ler o artigo completo clicando aqui.

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Autor: Daniela Mascarenhos - Estagiária de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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