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Pesquisadores debatem estratégias para conter evasão na educação a distância

A modalidade de educação a distância foi regulamentada no Brasil em 2005 pelo Ministério da Educação (MEC). Em 2007, cerca de 7% das matrículas de graduação no país eram em EAD. Hoje, mais de dez anos depois, o percentual de matrículas para os cursos a distância apresenta crescimento superior ao presencial, segundo o Censo da Educação Superior de 2017. Ainda assim, apenas 21% dos estudantes universitários fazem parte da modalidade no país.

Apesar da preferência pela EAD aumentar a cada ano, um fator preocupante é o número de desistências ao longo do curso. Os motivos são variados, como questões financeiras, falta de tempo e dificuldades de adaptação. Esses fatores reforçam que é necessário um suporte e atenção maiores, além de práticas pedagógicas diferenciadas para engajar estudantes que estão iniciando na modalidade, e que ainda estão acostumados com a sala de aula presencial.

O assunto vem ganhando destaque entre instituições de ensino e docentes da modalidade. Alexandre Francisco de Andrade, coordenador de Pós Graduação EAD e presencial da Uninter, apresentou durante o 24° CIAED o artigo “Evasão da Educação à Distância: Por que ocorre?” O congresso aconteceu entre os dias 3 e 07 de outubro, em Florianópolis (SC), e o trabalho contou com a colaboração das professoras Aline Mara Gumz, Caroline Vieira de Macedo, Neliva Terezinha Tessaro e também do pró-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, Nelson Pereira Castanheira.

Caroline Vieira explica que é importante entender as causas das desistências para que as instituições de ensino saibam como agir frente à situação. “Estudar a evasão no EAD é fundamental para que as instituições se fortaleçam, principalmente para tentar compreender os motivos que levam um aluno a se matricular na modalidade e posteriormente cancelar a sua matrícula”, articula a pesquisadora.

Dentro do tema, o trabalho buscou destacar a origem e os motivos da evasão, bem como pontos essenciais a serem trabalhados para manter os alunos dentro da instituição. Para o artigo, foram contatados mais de 2 mil alunos que, durante os anos de 2016 e 2017, trancaram suas matrículas. Destes, 822 responderam à pesquisa que buscava identificar seu perfil social e os motivos da desistência.

O artigo conclui que os dois maiores motivos para a evasão de alunos EAD são fatores socioeconômicos e as dificuldades de adaptação para aqueles que estudam nesta modalidade pela primeira vez. A administração do tempo de estudo, o uso das ferramentas online e a falta de identificação com o curso escolhido também se tornam fatores que levam à evasão. Além disso, os autores destacaram que a instituição de ensino tem a responsabilidade de buscar soluções para estes problemas, e que deve cada vez mais procurar atender às expectativas dos alunos.

 

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Autor: Jaqueline Deina - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König - Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal

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