Paradesporto se consolida como ferramenta de reabilitação

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

“Costumo dizer que fui presenteada com muitas oportunidades nesse mundo do esporte paralímpico”. O relato de Maria de Fátima Fernandes Vara evidencia a importância do paradesporto na vida de muitas pessoas. Formada em fisioterapia e parte do corpo docente do curso de Fisioterapia da Uninter, ela faz parte do grupo de revisão do código do comitê paralímpico e é supervisora da paracanoagem brasileira.

O paradesporto consiste na adaptação ou criação de modalidades esportivas para que essas sejam praticadas por pessoas com deficiência, independentemente do nível dessa deficiência. Além de inclusão, o paradesporto tem se consolidado como ferramenta de reabilitação para diversos pacientes, agregado aos tratamentos médicos convencionais.

O tema foi abordado no programa Saúde em Foco, transmitido pela Rádio Uninter em 28 de março. Comandado pela jornalista Barbara Carvalho, o programa recebeu Maria de Fátima Fernandes e a coordenadora do curso de Bacharelado em Fisioterapia da Uninter Fernanda Cercal para falar sobre o assunto.

De acordo com as profissionais, as práticas paradesportivas promovem Benefícios no aspecto físico e mental, além de fortalecer o sistema respiratório e cardiovascular. “O esporte vem pra complementar essa reabilitação e para que a pessoa com deficiência possa desenvolver ao longo da vida uma prática que traga benefícios à saúde”, explica Maria.

Dentro da filosofia do paradesporto, são destacadas as possibilidades em detrimento das deficiências, trazendo a socialização e o aprimoramento em primeiro lugar. A autonomia desenvolvida pela prática de um esporte também é ressaltada. “Fui para muitos países que talvez, se eu não estivesse no esporte, não teria a oportunidade de ir”, relata.

Sobre o investimento na promoção de atividades adaptadas no país, ela afirma que ainda falta muito para abarcar a todos, mas já são perceptíveis muitas melhoras nesse cenário. Os resultados positivos na última paraolimpíada mostram isso. Em Tóquio, a comitiva brasileira contou com 260 atletas e conquistou 73 medalhas. O resultado igualou a campanha brasileira nos jogos de Londres, em 2012.

“O Brasil já é referência em esportes paralímpicos. A gente vê cada vez mais investimento e profissionalismo em todas as áreas”, destaca.

Durante o programa Saúde em Foco, ela divulgou o projeto Educação Paralímpica, iniciativa desenvolvido pelo Comitê Paraolímpica Brasileiro que disponibiliza apostilas online de maneira gratuita para que todos possam conhecer mais sobre as práticas e o trabalho realizado pelo comitê junto aos atletas.

Assista ao programa Saúde em Foco completo pelo canal de Youtube da Rádio Uninter.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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