Para entender, e condenar, os crimes de ódio
Autor: Maicon Sutil - Estagiário de JornalismoRacismo, homofobia e crimes de ódio foram temas debatidos no campus Carlos Gomes da Uninter, em Curitiba (PR), no dia 8 de agosto. O evento, intitulado “Um debate sobre relações étnicos-raciais, gênero e sexualidade”, foi promovido pelo curso de Serviço Social da instituição.
Hoje, trazer tais temas para o debate público tornou-se uma questão de sobrevivência, pois os direitos das pessoas negras e LGBTIs vêm sendo colocados em xeque por uma parcela da sociedade.
Os convidados para o debate foram a professora Megg Rayara, da UFPR, e o psicólogo e pesquisador Ramon Ferreira. Thayz Athaíde, professora do curso Serviço Social, explica que o objetivo da palestra foi “fazer com que as pessoas possam refletir sobre como o gênero, a sexualidade e o racismo são questões distintas, mas que também podem andar juntas”.
Thayz salienta que é preciso fazer com que as pessoas reflitam sobre a questão da diversidade na sociedade, pois os profissionais que estarão saindo da Uninter vão trabalhar com pessoas e “independente do que, ou da área, pode ser um engenheiro, um arquiteto, vão fazer coisas com pessoas de carne e osso”.
Atualmente, o Brasil é o país com o maior índice de crimes de ódio, vitimando pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais (LGBTI), segundo dados da ONG Grupo Gay da Bahia (GGB).
De acordo com o GGB, recentemente houve uma queda no número de casos de violência contra LGBTIs no Brasil: em 2017 foram contabilizados 445 casos de LGBTIfobia, enquanto no ano passado foram 420. Mas isso não significa que podemos perder o foco no combate à violência contra estas comunidades.
Para Megg, esses crimes são resultado do racismo e do preconceito ainda muito presentes em nossa sociedade, pois agredir uma pessoa por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero é um crime de ódio.
Thayz diz ainda que a “importância desse evento é a de fazer com que as pessoas entendam quais são as diferenças sócio-históricas entre as pessoas, que tem uma questão étnico-racial que está em jogo em nossas relações, e de gênero e sexualidade também”.
Autor: Maicon Sutil - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Maicon Sutil - Estagiário de Jornalismo