Para construir cidades sustentáveis e inclusivas
Autor: Kethlyn Saibert - Estagiária de JornalismoNa Maratona Transformando o Mundo: os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, promovida pela Uninter e transmitida no YouTube, no dia 17.out.2020, foram discutidos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para serem alcançados até 2030, determinados pela Assembleia Geral das Nações Unidas, que necessitam de ações globais para tornar a sociedade mais ecológica e justa.
O ODS 11 refere-se à transformação das cidades e comunidades em ambientes mais inclusivos, seguros, resilientes e, principalmente, sustentáveis. Em live com professores de cursos de pós-graduação da Uninter, Caroline Brasil, Cristiane Ripka e José Caparros Jr. debatem as principais questões para efetivar o projeto.
Caroline destaca que para atingir a urbanização inclusiva e ecológica, deve-se investir em planejamento urbano: “O ideal é que sempre seja feito um planejamento urbano antes da cidade existir, mas não é o que acontece. Normalmente, as cidades vão se formando e só depois o planejamento acontece”, indaga a professora.
Cristiane, por sua vez, ressalta ainda o problema das desigualdades sociais que contribuem para habitações periféricas, que são mais suscetíveis de sofrerem com fatores climáticos: “Nossa realidade são as cidades que já existem, com todos os seus problemas. Nas comunidades mais carentes, que são as favelas, é comum ver em dias de chuva as casas desmoronando porque os lugares não foram projetados e preparados para terem pessoas vivendo ali”, questiona.
Desta forma, é necessário implementar políticas eficientes que assegurem condições mínimas para as moradias mais carentes. O professor José cita o projeto da ONU criado em 2010 para tornar as ‘cidades resilientes’. Esse conceito baseia-se em construir espaços urbanos que superem os desastres naturais e que “sejam capazes de retornar ao seu ponto de como era antes de uma forma rápida e organizada”. Por essa razão, José salienta que é preciso cooperação de todas as partes da sociedade – união da população e do governo – “para que não se torne apenas um conceito no papel”.
“A sustentabilidade busca o equilíbrio ambiental, econômico e social. Muita gente diz que as empresas são culpadas pela situação ambiental que vivenciamos hoje. Em grande parte, sim. Porque muitas vezes essas empresas se originaram sem saber o impacto que causariam, pois não tinham o conhecimento. Mas, agora nós temos o devido conhecimento. Não podemos continuar atuando como no passado”, ressalta Caroline.
Neste sentido, as empresas devem se adaptar de forma a reduzir seu impacto ambiental e a produção de resíduos. José destaca que a adoção de certificados de qualidade pode incentivar as empresas na gestão ambiental, como o ISO 14001 – que é um selo aplicável para qualquer tipo de organização que tem por objetivo obter um desempenho ecologicamente correto.
Além disso, Cristiane lembra que de nada adianta as políticas públicas e as empresas cumprirem seus deveres se a população não tem consciência ambiental. Ela destaca o caso que ocorreu em seu bairro: “Aqui na região onde moro, a prefeitura de Curitiba fez uma revitalização nas árvores – que ficam na frente das casas das pessoas. E eu reparei que em algumas casas as pessoas cortaram as árvores quando ainda estavam bem pequenininhas, porque não queriam uma árvore na frente das residências, mesmo a prefeitura tendo toda a preocupação de manter as árvores longe de redes elétricas e de evitar de cair na casa de alguém. Isso mostra que precisamos ter mais consciência com o ‘verde’ e estarmos totalmente envolvidos em fazer nossa parte”, conclui a professora.
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Autor: Kethlyn Saibert - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro