Os impactos da baixa umidade do ar no organismo e as principais medidas de proteção
Autor: (*) Dimas de Almeida AraujoA umidade do ar desempenha um papel crucial não apenas no equilíbrio ambiental, mas também na saúde humana. Este fator, definido pela quantidade de vapor de água presente na atmosfera, influencia diretamente a regulação térmica do corpo. No Brasil, especialmente nos meses de outono e inverno, períodos de baixa umidade tornam-se mais pronunciados e agravados atualmente pelas mudanças climáticas.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a umidade do ar ideal situa-se entre 50% e 80%. Entretanto, em certas épocas do ano, como nas citadas acima, essa umidade pode cair drasticamente, frequentemente abaixo de 30%, como está ocorrendo atualmente, afetando especialmente as regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país.
Efeitos no Organismo
A baixa umidade do ar impacta negativamente três áreas principais do corpo humano: as vias respiratórias, a pele e os olhos. A respiração de ar seco pode ressecar as mucosas nasais e a garganta, aumentando o risco de infecções respiratórias e agravando condições como asma e bronquite. A pele, por sua vez, torna-se mais propensa ao ressecamento, coceira e até rachaduras, enquanto os olhos podem ficar irritados e vermelhos, especialmente em indivíduos predispostos a olhos secos.
Medidas de Proteção
Diante desse cenário climático desafiador, é crucial adotar medidas para mitigar os efeitos da baixa umidade do ar e proteger a saúde, como por exemplo:
- Hidratação Adequada: manter-se bem hidratado é essencial para compensar a perda de água pela pele e pelas vias respiratórias. Ingerir líquidos regularmente ao longo do dia é fundamental.
- Umidificação do Ar: utilizar um umidificador de ar pode aumentar os níveis de umidade em ambientes internos, especialmente durante o inverno ou em regiões naturalmente secas, melhorando o conforto respiratório e cutâneo.
- Cuidados com a Pele: aplicar regularmente cremes hidratantes e protetores labiais ajuda a prevenir o ressecamento e a manter a integridade da pele, especialmente áreas expostas como mãos, rosto e lábios.
- Proteção Ocular: usar colírios lubrificantes e óculos de proteção pode reduzir o desconforto nos olhos causado pelo ar seco, protegendo a superfície ocular da irritação e ressecamento.
- Controle do Ambiente: evitar o uso excessivo de ar-condicionado ou aquecedores que ressequem o ar é crucial para manter um ambiente interno mais confortável e saudável.
- Consulta Médica: em casos de sintomas persistentes ou agravamento dos efeitos da baixa umidade do ar, é aconselhável buscar orientação médica especializada para avaliação e tratamento adequados.
Portanto, compreender os impactos da baixa umidade do ar no organismo humano e adotar medidas preventivas é essencial para manter a saúde e o bem-estar, mesmo em condições ambientais desfavoráveis. Ao implementar práticas simples, como hidratação adequada, umidificação do ar e cuidados com a pele e olhos, podemos proteger nosso corpo contra os efeitos adversos da secura atmosférica, garantindo uma melhor qualidade de vida mesmo durante períodos secos.
(*) Dimas de Almeida Araujo é Enfermeiro, especialista em Docência do Ensino Superior, pós-graduando em Enfermagem em Saúde Pública e Saúde da Família e Professor e Tutor no Centro Universitário Internacional Uninter
Autor: (*) Dimas de Almeida Araujo