Os desafios de conhecer a realidade social
Conhecer o que está acontecendo, se aproximar do problema e, com isso, provocar mudanças na sociedade. Este foi o propósito do segundo encontro do Grupo de Estudos em Trabalho, Formação e Sociabilidade (GETFS) da Uninter. O evento foi realizado no polo de apoio presencial Carlos Gomes, em Curitiba, e apresentou para os alunos e professores do curso de Serviço Social, os projetos de pesquisa em andamento em 2018.
Esta é a segunda vez que acontece o encontro de socialização de exposição dos projetos de pesquisa na Uninter. A primeira edição foi em 2017. No ano passado foram realizados quatro projetos de iniciação científica. Já em 2018, além da continuidade dessas pesquisas em andamento serão desenvolvidos outros seis projetos.
“A pesquisa vem de encontro à resposta ao que está acontecendo de fato, onde a situação foi gerada”, observa Aurea Davet, professora do curso de Serviço Social. Aurea avalia que é preciso entender qual foi a causa da situação expressa, porque o assistente social irá trabalhar nisso. Os profissionais da área têm como objetivo dar respostas à sociedade.
“Principalmente porque nós trabalhamos nessa realidade em movimento, precisamos conhecê-la, desvendá-la, nos aproximar do fato que realmente está acontecendo, para evitar reprodução ou opiniões críticas motivadas pelos sentimentos, emoções e comoção que muitas situações geram”, analisa a professora.
“Um problema reflete em toda a sociedade (no bairro, na família, no trabalho). Às vezes pensamos que está acontecendo no mundo, mas está bem próximo do nosso cotidiano. Isso é pesquisa, se aproximar do problema”, diz a professora. Aurea conclui que devemos entender qual o contexto em que os fatos ocorrem. Conceitos como coletividade, ética, solidariedade para diminuir os problemas da sociedade e que geram tantos outros problemas, como os relacionamentos, a violência e o desemprego.
Para Carolina Alves, 19 anos, aluna do primeiro período de Serviço Social, conta que deseja iniciar um projeto de pesquisa logo no início da graduação, quer buscar conhecimento e aprendizado. Ricardo Riffert, outro aluno da graduação do curso, já participa de um grupo de pesquisa desde setembro de 2017, voltada para Associação Cristã de Assistência Social (Acridas). “A intenção de estar participando é aliar a prática profissional à teoria”, diz. Ricardo deseja ser bolsista em 2018.
Raquel Araújo, docente do curso, motivou os alunos. “Que vocês possam se tornar pessoas curiosas diante da realidade, se tornarem pesquisadores e dar respostas para essa sociedade que tanto precisa”. Afinal, a profissão é transformadora da realidade social. “Ser assistente social é fazer a diferença na vida do outro que não tem para onde recorrer”, concluiu Carolina.
Autor: Evandro Tosin – Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Victor Corradini - Estagiário de Jornalismo