“O semipresencial me proporcionou ter uma profissão, sem perder alguns anos da vida do meu filho”

Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação

Conciliar os afazeres domésticos, uma carreira profissional fora de casa e os estudos, sem perder o tempo de qualidade da maternidade com os filhos, ainda é um desafio que nem sempre as mulheres conseguem ultrapassar. Mas foi possível para Keivilin Christe, de 29 anos, que está no último período do curso de bacharelado em Farmácia da Uninter. Isso graças à metodologia semipresencial que a instituição oferece.

“Ainda estava no colégio cursando o ensino fundamental, tive um atendimento que me marcou muito, de uma farmacêutica comercial, e desde então quis seguir essa área. Fui me apaixonar mesmo quando iniciei o curso, onde encontro várias outras possibilidades e um mundo de opções fora da farmácia comercial”, conta a estudante vinculada ao polo Carlos Gomes, em Curitiba (PR).

Keivilin agora pretende atuar na área clínica hospitalar, mas mantém as opções abertas, a partir do conhecimento adquirido no curso. A grade curricular, de acordo com o coordenador Vinícius Bednarczuk, se diferencia das demais. Embora garanta as características tradicionais para o serviço do farmacêutico, com a dispensação de medicamentos nas drogarias, traz também um caráter mais moderno com áreas que têm entrado em evidência.

É o caso da área clínica, assim como da semiologia farmacêutica, de diagnósticos, verificação de sintomas e correlação com medicamentos e a estética, por exemplo. Depois da explosão da Covid-19, se destaca também o entendimento de saúde baseada em evidências.

Com interesse maior em monitoria e iniciação científica, em Curitiba (PR) os estudantes podem desenvolver a parte mais científica por meio do Conselho Regional de Farmácia Júnior (CRF Jr.), coordenado por Vinícius. Este ano, a campanha teve o foco no uso racional de medicamentos para o público idoso. São sete estudantes na capital paranaense, mas há grupos em todo o estado, com a integração de diferentes instituições, que atendem às demandas do Conselho Regional de Farmácia (CRF).

O coordenador acredita que é todo esse diferencial ofertado na graduação que resultou o desempenho do curso na avaliação do Ministério da Educação (MEC). O bacharel em Farmácia do centro universitário conquistou quatro das cinco estrelas de reconhecimento.

“O curso tem cinco anos, então vem se desenvolvendo ao longo desse tempo. Ficamos muito felizes e os alunos também, porque é [com a metodologia] semipresencial e isso mostra o quanto o curso tem sua valorização e está dentro das diretrizes do MEC”, declara Vinícius.

Keivilin garante que essa é a certeza de que escolheu “a instituição certa para me capacitar e ajudar a me tornar a melhor profissional possível”. Para a estudante, um ponto crucial na formação é o último estágio, que pode ser direcionado para a área de atuação desejada. “Você já sai com um conhecimento técnico muito mais aprofundado e com horas de experiência”, explica.

Além disso, o período de estágio é a oportunidade que os estudantes têm para se consolidarem e tentarem uma efetivação com a conclusão da formação. A Uninter possui convênios com empresas privadas e setores públicos, mas os docentes também estimulam que os estudantes busquem locais mais próximos de suas regiões, com os quais a instituição também pode firmar uma parceria.

O estágio se inicia no segundo dos cinco anos de curso. São 916 horas obrigatórias, mas a maior parte delas fica concentrada no ano final, quando os estudantes conciliam a prática com a produção do trabalho de conclusão de curso (TCC).

Duas áreas são obrigatórias: farmácia de dispensação e análises clínicas. Depois, os acadêmicos podem explorar as várias possibilidades, de acordo com os maiores interesses, seja em distribuidora, em hospital, em indústria ou mesmo no sistema único de saúde (SUS). “É a possibilidade de ele fazer o contato que possa levar numa contratação também”, salienta Vinícius.

No último ano da graduação, Keivilin já atua na Select Operadora de Planos de Saúde e destaca os cursos de extensão que são ofertados pelo centro universitário, sejam pagos ou gratuitos. Por meio deles, a estudante conta que teve a oportunidade de realizar e complementar a formação sobre bases legais do SUS.

“Desde o início do curso fui muito acolhida, sempre que havia algum problema ou empecilho, os tutores e coordenadores ajudavam. Isso é crucial para os alunos. Poder realizar o curso semipresencial me proporcionou ter uma profissão, sem perder alguns anos da vida do meu filho”, conclui.

“Alcançar sucesso profissional não é fácil, mas me sinto pronta para seguir esse caminho”

Embora seja um profissional da saúde, o farmacêutico é mais plural, acredita o coordenador Vinícius. Isso porque podem trabalhar, para além dos medicamentos, com alimentos, suplementação alimentar e administração, por exemplo. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) apresenta mais de 140 especialidades. Destas, são poucas as que os formandos precisam partir para uma especialização, como é o caso da acupuntura, da farmácia estética e da farmácia clínica, por exemplo, que exigem maior preparação e conhecimento.

“Quando pensamos em habilidades e competências, [queremos] formar um profissional que tenha, em primeiro lugar, os princípios éticos. O médico é quem vai fazer o diagnóstico da doença, o farmacêutico vai fazer a dispensação do medicamento e passar orientações na hora de dispensar. Pensamos bem no cuidado com o paciente mesmo”, afirma Vinícius.

O docente aponta também que, com os anos, o público desta formação vem de uma faixa etária cada vez mais jovem. De acordo com o profissional, antes apareciam mais adultos entre 35 e 40 anos, que geralmente já trabalhavam como balconista em farmácia e buscavam se tornar farmacêuticos dos locais.

Hoje, os estudantes buscam mais para a atuação no campo clínico e também de estética, uma área que está em evidência, já que podem atuar junto à cosmetologia. O currículo da instituição colabora para isso, com uma diversidade maior, algo que o conselho tem buscado também.

Aos 25 anos, Letícia Vargas, vinculada ao polo Sítio Cercado, em Curitiba, já é concursada como técnica de enfermagem na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua na promoção de saúde e serviços odontológicos. Com a primeira formação técnica, a jovem se interessou ainda mais pela área de saúde, mas desejava atuar de outra forma.

“Tive mais afinidade pelo curso de Farmácia por acreditar que, com essa formação, posso atingir bem-estar profissional”, conta a estudante que está no último ano do bacharelado em Farmácia da Uninter.

A graduação foi iniciada na modalidade presencial, em outra instituição. No entanto, com a chamada para o concurso, em 2021, e a mudança que precisou fazer para o litoral, em Matinhos (PR), encontrou na Uninter a oportunidade de seguir no objetivo.

Vinícius explica que, na metodologia semipresencial, os acadêmicos têm, para além das aulas teóricas gravadas e disponíveis para assistirem a qualquer momento no ambiente virtual de aprendizagem (AVA), também as aulas síncronas com os professores. A partir do segundo ano, cada disciplina específica tem uma média de oito horas da aulas práticas, que acontecem nos 42 Laboratórios Presenciais de Apoio Didático (LAPADs), onde atendem os polos das respectivas regiões, com professores locais.

Letícia cita a qualidade das aulas práticas e o acesso facilitado aos professores. Para a estudante, a qualidade das atividades presenciais foi “surpreendente”, além da organização do AVA e contato direto por diversos meios. A estudante aponta ainda os desafios de fazer parte da primeira turma, iniciada em 2019, com as adaptações às demandas que não existiam e o trabalho dos estudantes junto à instituição. O que foi reconhecido com a avaliação do MEC.

“Uma graduação na área de saúde, semipresencial, ter recebido a nota quatro é muito significativo. Pairava uma insegurança quanto a isso, pois outros profissionais invalidavam a qualidade da nossa graduação. Esse resultado demonstra que o esforço da instituição em formar excelentes profissionais”, garante.

Em novembro do ano passado, Letícia pediu a transferência do trabalho para a capital paranaense por motivos pessoais, mas diz que isso colaborou também para a realização dos estágios. A estudante participou ainda do Programa de Iniciação Científica (PIC), na área de microbiologia de alimentos, o que proporcionou um “conhecimento interdisciplinar valioso”.

“Meu desejo foi aumentar o conhecimento científico, realizar mais práticas de laboratório e praticar redação acadêmica. Alcançar sucesso profissional não é fácil, mas me sinto pronta para seguir esse caminho. Ao final da graduação, planejo iniciar um mestrado e seguir como pesquisadora de medicamentos em empresas farmacêuticas”, finaliza.

O coordenador busca agora manter a qualidade do ensino-aprendizagem e focar em melhorias contínuas para o atendimento aos estudantes em todo o Brasil.

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Autor: Nayara Rosolen - Analista de Comunicação
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pexels e Unsplash


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