O perigo dos ataques cibernéticos aos setores público e privado

Autor: Daniela Mascarenhos - Estagiária de Jornalismo

Seja por causa de um sistema desatualizado, de um software pirata ou de uma falha na manutenção do seu dispositivo de acesso à internet, todos estamos sujeitos a sofrer ataques cibernéticos. Dados do fórum econômico mundial de 2020 colocaram os ataques cibernéticos como a segunda maior causa de impactos no contexto geral que envolve o cidadão, perdendo somente para os acidentes ambientais.

A segurança da informação na administração pública foi tema da live do primeiro dia da Semana do Administrador Público Uninter, em 05.jul.2021, em bate-papo online mediado pela coordenadora dos cursos de Gestão Pública e Administração Pública, Manon Garcia. O evento contou com as participações do vice-reitor, Jorge Bernardi, da diretora da Escola Jurídica, Débora Veneral, do diretor executivo da Uninter, Marco Eleuterio, e do coordenador dos cursos de Gestão de Segurança Privada e Gestão de Defesa Cibernética, Felipe Tonetti, que receberam como convidado externo o doutorando Wellington Soares.

A segurança da informação é um desafio para a sociedade, não só para as empresas. Quando falamos sobre o tema, é necessário reconhecer que ele traz um grande impacto tanto para a área pública quanto para a privada. Atualmente, as ações geradas no ambiente virtual refletem diretamente fora dele. Introduzindo o conceito de resiliência cibernética no bate-papo, o professor Wellington Soares ressaltou: “A questão não é se você, como instituição, principalmente, será atacado. A questão é quando”. O desafio, portanto, é estar preparado para reagir.

“A informação carrega em si o poder econômico, por isso os criminosos buscam essas informações. Com isso a gente vê que os ataques cibernéticos são hoje a grande ameaça da sociedade”, comentou Marco Eleuterio, que está à frente da política de segurança de dados e informações da Uninter.

Essa preocupação tem chegado com força às organizações, que buscam se proteger. A nova legislação brasileira do setor, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), levou as empresas a criarem programas de privacidade, e a Uninter não foi exceção. A LGPD responsabiliza legalmente as corporações pelo mau uso dos dados de seus colaboradores e clientes.

Os três elementos priorizados pelas empresas, quando se trata de segurança, são: data centers, servidores e estruturas de TI. Isso se deve ao fato de que “um dos maiores crimes envolvendo cyber-ataques são os crimes de paralisação da operação de TI e solicitação de resgate”, esclarece Eleuterio.

Hoje, o elemento que mais desafia as empresas e recebe maior atenção é a confidencialidade. Já se tornou rotina ver notícias sobre grandes vazamentos de dados pessoais, com informações detalhadas de indivíduos. Como, por exemplo, na última semana, quando o LinkedIn foi alvo de vazamento – estima-se que cerca de 700 milhões de usuários da rede social tiveram seus dados expostos em um fórum hacker. A invasão de sistemas também é algo que deve ser observado. Empresas norte-americanas, principalmente, têm sofrido com esse tipo de invasão feita por organizações criminosas.

No entanto, o maior perigo mora na engenharia social, que atinge todo e qualquer indivíduo que esteja utilizando a internet. Trata-se da arte de iludir as pessoas a partir de um e-mail com assuntos que estejam em alta, o que leva os destinatários a entrarem em links onde são redirecionados para páginas falsas. Lá ocorrem os roubos de dados, como número de telefone, CPF etc. E como podemos nos proteger? Eleuterio respondeu que só é possível “através da conscientização, a confiança zero e a conscientização”.

A pandemia trouxe um grau de conectividade nunca visto antes, com as aulas online e também com os colaboradores trabalhando de casa. Esse fator aumentou os riscos de ataques. “Hoje a segurança da informação é a maior preocupação em relação à continuidade do negócio das empresas, não é mais o mercado ou a concorrência, é a segurança”, conclui Eleuterio.

O bate-papo está disponível na íntegra para livre acesso no YouTube.

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Autor: Daniela Mascarenhos - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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