O papel do educador social na promoção de direitos

Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo

Muitos são os profissionais que utilizam de sua formação e de seus conhecimentos para promover mudanças na sociedade, assegurar direitos e resgatar aqueles que se perderam ao longo do caminho. Um grande exemplo disso é o educador social.

De acordo com o educador social da Fundação de Assistência Social de Ponta Grossa, Tiago Marques do Carmo, esse profissional utiliza instrumentos pedagógicos para recolocar indivíduos em situação de vulnerabilidade ou exclusão de volta à sociedade.  Atuante em sindicatos, associações e ONGs, ele tem a missão de assegurar os direitos civis destes indivíduos.

O programa Saúde em Foco, exibido pela Rádio Uninter em 26 de julho, abordou a função do educador social na sociedade brasileira. Nesta edição, a jornalista Barbara Carvalho recebeu Tiago Marques e a tutora do curso de Educador Social da Uninter, Fabiana Prestes.

Ossos do ofício

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o crescimento de movimentos sociais em diversas sociedades fez com que nascessem funções que hoje são indispensáveis quando pensamos em assistência social.

Responsável por ministrar atividades pedagógicas voltadas ao desenvolvimento social com crianças e adolescentes, o educador social muitas vezes pode ser confundido com o assistente social, mas se engana quem acha que ambos desempenham o mesmo papel.

Além de dar assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade social, ele usa a educação para promover a cidadania e melhorar a qualidade de vida das pessoas. “Ele (o profissional) faz uma estrutura de trabalho mais pautada nessas mobilizações aos movimentos sociais e vai trabalhar na base com a prática pedagógica”, diz Tiago Marques.

Segundo Fabiana Prestes, o educador social pensa em práticas que contribuam com o atendimento da demanda gerada pelas instituições sociais. “O educador social é um profissional mais voltado para atividades socioeducativas”, afirma

Além das atividades pedagógicas, também tem a responsabilidade de orientar famílias e grupos, assim como acompanhar a evolução de seus educandos e monitorar o bem-estar deles. Ela explica que, embora o profissional não seja novo, a área de atuação é sim.

A profissão abre um leque de opções para trabalhar dentro de políticas públicas em diversos locais como hospitais, clínicas, creches. “Diferente de outros cursos da área que são de nível médio e técnico, este é um curso de nível superior”, diz.

O retrato de uma sociedade

Entre aqueles que se beneficiam dos serviços do educador social, podemos citar diferentes grupos. As pessoas em situação de rua são um exemplo disso. Em dezembro de 2021, eram 158.191 pessoas vivendo nas ruas do Brasil. Em maio deste ano, o número saltou para 184.638, segundo cadastros no CadÚnico.

Outro grupo que recebe esses serviços é o de dependentes químicos. Pesquisas da OMS mostram que cerca de 6% da população brasileira atual tem alguma dependência química, totalizando 12,4 milhões de pessoas.

Além deles, grupos como a pulação carcerária, pessoas com deficiência física ou mental, adolescentes infratores, indígenas e quilombolas, moradores de zonas rurais e vítimas de abuso ou violência física e psicológica também estão na lista daqueles que buscam melhorar de vida com a ajuda do educador social.

Confira mais sobre as possibilidades e os desafios do educador social no programa Saúde em Foco, exibido pela Rádio Uninter em 26 de julho.

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Autor: Leonardo Tulio Rodrigues - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski


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