O papel da terceirização na publicidade
Autor: *Letícia PorfírioNos últimos anos, as agências de publicidade têm se transformado pela especialização e pela necessidade de respostas rápidas, levando os publicitários a atuar como agenciadores de serviços terceirizados. Esse cenário é especialmente visível na produção audiovisual, onde 65% das agências brasileiras, segundo o IAB Brasil (2022), preferem contratar parceiros externos para garantir agilidade. Dados da Statista (2023) também apontam um crescimento de 12% na terceirização global da publicidade nos últimos cinco anos.
A produção audiovisual ilustra bem essa mudança. Agências enxutas preferem estúdios ou freelancers para vídeos, animações e outros conteúdos, mantendo o foco na estratégia e criatividade, enquanto especialistas produzem o material final. O publicitário, assim, se torna um curador, conectando o cliente aos melhores fornecedores.
Além da terceirização, o modelo de agências menores e mais especializadas vem ganhando força. Muitas optam por equipes reduzidas, colaborativas e focadas em nichos específicos, deixando de ser “tudo para todos”. Parcerias com fornecedores especializados garantem uma entrega mais eficiente e personalizada, além de permitir flexibilidade sem grandes estruturas internas. A McKinsey destaca que essa tendência de nichar as agências e operar em rede tem sido eficaz para os desafios do mercado.
A terceirização, portanto, não é apenas uma solução temporária, mas uma estratégia sólida para o futuro das agências de publicidade. Ao delegar tarefas especializadas, as agências ganham mais tempo para focar na criação de campanhas inovadoras e no atendimento ao cliente.
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*Letícia Porfírio, graduada em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, mestre em Comunicação e Linguagens, doutoranda em Comunicação e Linguagens e professora do CST Marketing Digital da Uninter.
Autor: *Letícia PorfírioCréditos do Fotógrafo: Pexels