O papel da Cáritas com os refugiados na pandemia
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoEntre os dias 17 e 19.fev.2021, a Escola Superior de Educação (ESE) da Uninter realizou um circuito de aulas magnas com o tema “Emprego digno e crescimento econômico”. Na sexta-feira (19.fev.2021), o bate-papo ficou por conta da convidada especial Marcia Ponce, secretária da Cáritas Brasileira no estado do Paraná, que abordou o tema Migrantes e refugiados: inclusão e trabalho.
Mediada pelo professor André da Frota, a discussão girou em torno do esvaziamento do tema migração durante a pandemia. Para iniciar a conversa, Marcia contextualizou sua atuação na Cáritas, onde trabalha há 9 anos. Ao consultar a página oficial da instituição, é possível entender seus objetivos, que vão de encontro direto com a temática da migração.
De acordo com Marcia, a entidade foca no acolhimento das pessoas em situação de exclusão e vulnerabilidade, como os migrantes e refugiados que sofrem com os estigmas impostos pela população, além da defesa da vida e participação na construção solidária de uma sociedade justa, igualitária e plural. “A Cáritas está presente em diversos locais do mundo, com cerca de 180 instituições-membro no território brasileiro e uma atuação que já dura 60 anos, buscando atender às demandas sociais e humanitárias”, diz.
Desde 2010, quando foi registrado maior fluxo de haitianos migrando para o Brasil, a força humanitária destinada aos refugiados se faz ainda mais presente. Para efeito de comparação, de acordo com relatório publicado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), no começo de 2020 o Brasil possuía cerca de 43 mil habitantes reconhecidos como refugiados.
Para que a Cáritas possa dar conta desta grande demanda, as ações são organizadas em três frentes: proteção, assistência e advocacy (advocacia). Segundo Marcia, a proteção busca garantir a permanência do indivíduo no território e garantir os direitos essenciais como cidadão, a assistência em dispor dos serviços públicos de atendimentos de saúde, vagas em escolas e garantia de diplomas e a advocacy, se referindo a participação nos debates de políticas públicas e seu papel na sociedade.
Refugiados na pandemia
A pandemia de Covid-19, que trouxe influências negativas em áreas como a economia, educação e em toda a rotina com a qual estávamos acostumados, também mudou a realidade dos refugiados. A partir da realidade em que atua, o estado do Paraná, Marcia notou alguns avanços mesmo diante das restrições impostas pela pandemia.
“Tivemos muitas contribuições de diversos lados, seja da população por meio de ações de entregas de cestas básicas e kits necessários para uma boa qualidade de vida, ou pelo governo, que incluiu esses imigrantes em programas como o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, criado pelo governo brasileiro para ajudar as famílias na pandemia, visto que o número de desempregos só aumentou”, conclui.
Para ter acesso à íntegra do debate realizado com a secretária da Cáritas no Paraná, Marcia Ponce, com mediação dos professores André Frota e Maria Eneida Fantin, basta acessar umas das páginas do Facebook de Educação, Geociências e EJA, ou o canal oficial da Escola de Educação (ESE) no Youtube.
Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
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