O outro lado do mundo colorido
Quando a faculdade acaba e finalmente entramos no mercado de trabalho, é possível perceber as grandes diferenças entre as teorias aprendidas na sala de aula e as práticas do cotidiano mercadológico. Talvez o principal deles seja a percepção de que, além do que foi ensinado durante a formação, outras qualidades e funções vão ser exigidas do profissional.
Segundo a diretora da Talk Assessoria de Comunicação, Aline Cambuy, conforme a vivência no trabalho, é inevitável ter de realizar e aprender outras funções diferentes da que estudou, além de apresentar serviços diversificados para se manter no mercado ou até mesmo atrair clientes. É dessa forma que surge um bom empreendedor, observando, aprendendo e mudando de acordo com o mundo mercadológico.
“Nós não tivemos formação empreendedora na faculdade, alguns lugares nem sabiam dessa palavra (empreendedorismo). Não tinha tanta força na sociedade para ensinar as pessoas a gerenciarem, então todo mundo aprendia meio que na marra. Hoje é mais fácil, pois existem diversos cursos para isso”, diz a também diretora Marisa Valério.
As diretoras explicam alguns comportamentos fundamentais para um empreendedor: ter um bom relacionamento (com clientes e concorrentes), nunca deixar alguém sem reposta, saber como falar com as pessoas, ter uma reserva econômica para garantir a segurança da empresa e aproveitar as oportunidades que surgem.
Estes foram apenas alguns dos conhecimentos que as diretoras da Talk passaram para os alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Uninter, do campus Tiradentes (Curitiba, PR). O bate-papo ocorreu nesta quarta-feira (22) e buscou tirar dúvidas sobre como é gerenciar e fazer parte de uma empresa.
“Dá muito menos trabalho manter um cliente do que conseguir novos, então é importante valorizar o cliente que você tem. O carro chefe da Talk, por exemplo, é a assessoria de imprensa, mas o mercado mudou, então agora oferecemos novos serviços e acompanhamos cada cliente separadamente. Isso por que nós buscamos ser a melhor assessoria, e não a maior”, explica Aline.
Para Marisa, os veículos de comunicação tradicionais auxiliam neste acompanhamento e captação de clientes. Mas também é preciso estar atualizado às novas formas de divulgação, como as redes sociais e os influenciadores digitais, que são pessoas conhecidas pelos canais do Youtube.
“Essa é uma boa maneira de explicar como tudo funciona, porque vemos um mundo colorido na faculdade e a realidade não é assim, tem que trazer os alunos para ouvir sobre a prática também”, diz o coordenador de Operações Semipresencial da Uninter, Elizeu Barroso Alves.
Autor: Talita Santos – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Talita Santos - Estagiária de Jornalismo