O mundo sem pesquisa seria um marasmo

 

Letícia Costa – Estagiária de Jornalismo

Universidade de Oxford, século 13: Roger Bacon sustenta que o conhecimento não pode depender da fé para uma compreensão do mundo. Londres, século 16: Francis Bacon fixa as bases do que Descartes transformaria em método científico, em 1637. Depois disso, as pesquisas ganham caráter científico e avançaram sobretudo nas universidades, seu berço original.

O rigor científico expandiu o conhecimento e acelerou o desenvolvimento do mundo. As universidades se converteram em ambientes natos de pesquisa científica, cujo objetivo é contribuir para a evolução do conhecimento humano, que por sua vez impulsiona o homem rumo às mudanças. Foi assim que chegamos à dinâmica do mundo atual.

Com o propósito da inovação, o Centro Universitário Internacional Uninter criou em 2012 o Programa de Pesquisa Docente (PPD), que até 2016 desenvolveu 228 projetos de pesquisa em 25 áreas do conhecimento, com a participação de 451 professores e 441 alunos bolsistas e voluntários. Hoje, há 67 projetos em desenvolvimento.

O incentivo à pesquisa científica por meio desse programa começa pelos docentes, que por sua vez instigam os discentes a participar. O processo é simples: o professor apresenta um projeto de pesquisa à coordenação do PPD e tão logo ele seja aprovado, são abertas inscrições para os alunos interessados em se vincular ao grupo. Feita a seleção, o grupo inicia os estudos e pesquisas.

Ao longo dos cinco anos do PPD, ajustes foram feitos para aprimorá-lo, já que a cada ano surgem novas áreas de pesquisa, examinadas e exploradas por professores e alunos. Esse aprimoramento fez com que, em 2014, as atividades de pesquisa passassem a ser organizadas de acordo com as normas do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

Hoje, há na Uninter grupos certificados nas áreas de comunicação, direito, educação, ciência política, educação, artes, ciências ambientais, administração, tecnologia, comércio exterior, ciências biológicas, entre outras. Coordenadora do PPD, Desiré Dominshek considera que a pesquisa cientifica é um ponto central para a instituição.

“Nosso quadro de professores mestres e doutores é grande. Então, a gente tem de ter pesquisa efetiva. Está sendo progressivo, a cada ano temos tido um aumento no número de novas pesquisas nas várias áreas. Se nosso objetivo é nos tornamos uma universidade, então é importante produzirmos conhecimento”, completa.

Coordenador do curso de Jornalismo e líder do grupo de pesquisa Comunicação, Tecnologia e Sociedade, Guilherme Carvalho diz que além de a pesquisa ser fundamental, ela responde a questionamentos importantes da área de atuação. A linha de pesquisa da qual ele participa (Jornalismo Alternativo na Era Digital), teve início em 2015 e conta com oitos pesquisadores entre professores e alunos, além de um pesquisador na França e uma pesquisadora nos Estados Unidos.

A proposta de Guilherme de pesquisar o jornalismo alternativo na era digital surgiu da necessidade de entender as mudanças em curso na rotina produtiva dos jornalistas e as novas possibilidades de inserção profissional. Em 24 meses de pesquisas, os resultados foram apresentados em congressos e geraram publicações de artigos científicos. “São resultados que têm sido reconhecidos fora da própria instituição. É a prova de que o trabalho tem trazido resultados interessantes”, analisa.

Edição: Mauri König

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