O mercado de trabalho para a mulher na área tecnológica

Autor: Matheus Pferl - Estagiário de Jornalismo

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Escola Politécnica da Uninter realizou um evento muito especial no dia 8.mar.2021. O programa Gerir trouxe um bate papo sobre A mulher no mercado de trabalho com a psicóloga Giovana Souza, e apresentação de Everton Luiz Vieira. O evento teve transmissão ao vivo pelo Facebook, na página oficial da Escola.

Hoje, apesar da evolução da sociedade, em muitos momentos as mulheres ainda são subestimadas, mas as coisas começam a mudar quando a qualificação aparece. “Felizmente, os homens estão amadurecendo nesse sentido, a mulher não é mais vista como o sexo frágil, mas como alguém que pode agregar e, mostrando conhecimento, as mulheres ganham o seu espaço. Existem ainda várias situações de pré-julgamento em que o machismo está presente, mas a partir do momento que a mulher mostra sua competência, ela ganha o respeito. A chave é o conhecimento”, afirma Giovana.

No decorrer da história, as mulheres quase sempre foram estereotipadas e colocadas em papéis secundários. Mas isso vem mudando, e a principal mudança vem de dentro da cabeça das próprias mulheres. Hoje elas podem estar em qualquer setor da economia, inclusive dentro da área de exatas, onde a presença das mulheres é historicamente pequena. Cabe também às empresas gerar um cenário de maiores oportunidades para as trabalhadoras, levando em conta suas qualidades e competências.

As mulheres estão quebrando o paradigma de que a Engenharia é uma profissão masculina. A tecnologia é um facilitador, já que não é mais necessário um trabalho braçal, tudo está automatizado, e isso favorece para que as mulheres ingressem no mercado. Especialmente na área da Tecnologia da Informação, na qual as mulheres vêm ocupando muito espaço.

Em relação à atuação no ramo da tecnologia, a psicóloga afirma que o perfil de comportamento é mais específico. “Geralmente as pessoas da área de exatas têm um perfil mais analítico, são perfeccionistas e não se permitem errar, e sofrem muito. É necessário desenvolver algumas competências, como por exemplo a resiliência. É importante também ter uma capacidade maior de relacionamento, pensando em um crescimento profissional e buscando uma melhor convivência. Além disso, é fundamental conhecer o seu perfil, saber do seu comportamento e de suas reações e a partir dessa busca, evoluir”, ressalta.

Frente às dificuldades que surgem no dia a dia, Everton citou o conceito de “antifrágil”, que destaca a capacidade de superar a pressão e as dificuldades, usando essas barreiras como fortalecimento, tornando-se cada vez melhor e mais preparado: “Podemos usar esse conceito de antifrágil para as pessoas aplicarem no seu cotidiano, é um conceito interessante que nos ajuda a entender e superar as adversidades. É algo para aplicar nessa área profissional que o mundo feminino enfrenta”, afirma.

Giovana é fundadora da Fábrica de Aprendizes, e falou um pouco sobre o trabalho de sua empresa. “A Fábrica de Aprendizes se baseia no conceito de life long learning, na alma do eterno aprendiz, que é estar sempre aberto a aprender, para ressignificar alguns conceitos. Essa questão de sucesso e fracasso, isso não é um lugar eterno, todos nós somos falhos e todos podemos recomeçar. Nós trabalhamos com acolhimento psicológico, com toda a parte de desenvolvimento de carreira, desde a recolocação, transição de carreira, ou a pessoa querendo buscar um cargo diferente dentro da empresa. Nós também trabalhamos com pessoas que querem empreender, temos um serviço de orientação para o empreendedorismo”, explica.

Por fim, a psicóloga deixou uma mensagem de incentivo para as mulheres empreendedoras: “Nós precisamos parar de romantizar a CLT [legislação trabalhista]. Nós temos a ilusão de que existe a estabilidade, porém é necessário ter um outro plano, um planejamento caso ocorra algum imprevisto. Os jovens hoje têm essa mentalidade empreendedora, e nós temos essa mentoria para quem quer empreender”.

É importante mostrar a importância da mulher dentro do mercado de trabalho. “Não existe a mulher, existem mulheres: a mãe, a acadêmica, a profissional. Nós somos plurais, somos tudo e somos uma pessoa só, é importante saber lidar com cada papel e para isso é muito importante o autoconhecimento”, completa Giovana. Você pode conferir a transmissão do evento na íntegra clicando neste link.

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Autor: Matheus Pferl - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Christina Morillo/Pexels


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