O grafite como manifestação artística
Autor: Milena Souza - Estagiária de JornalismoO grafite é uma forma de manifestação da arte urbana. São pinturas e desenhos feitos nas vias públicas, em locais por onde transitam muitas pessoas, que buscam ocupar o espaço trazendo uma mensagem para quem vê.
O programa Arte e Cultura, exibido no dia 1º de setembro de 2021 pela Rádio Uninter, teve como tema O grafite como manifestação artística. Arthur Salles e Bárbara Carvalho receberam como convidado o grafiteiro Fernando Ferlin.
Fernando começou contando da onde surgiu sua motivação para praticar o grafite. “A inspiração vem lá desde criança. Meus avós e meu pai desenhavam. Quando entrei na escola, aprendi sobre arte e gostava muito de desenhar, e isso foi crescendo dentro de mim”.
O artista falou um pouco sobre sua trajetória dentro do grafite. “Trabalho com cartum, estilo de letra, caricatura e realismo. Já pintei o Brasil inteiro, faltando só o Amapá, e também já fui para outros países”. Ele explica que suas obras buscam trazer uma mensagem impactante e alertar as pessoas sobre a manipulação da mídia.
Fernando conta que hoje vive de fazer grafite. Um dos pontos que ele destaca é a percepção que as pessoas têm sobre esse tipo de artista. “As pessoas de fora só têm a visão estética e não veem a mensagem que aquela arte quer passar. Às vezes aquela mensagem vai tocar alguém. Uma vez fiquei sabendo que uma pessoa ficou tocada por uma frase que coloquei”, comenta.
Outro ponto abordado foi como se pode viver da arte. “Sempre pensei que se a gente quer, a gente consegue. É difícil viver da arte pois existe uma diferença de classe muito grande. Agora na pandemia fiquei sem trabalho por um tempo, fui fazer camiseta e outras coisas de arte, mas nem todos conseguem”, conta Fernando.
Para concluir, o grafiteiro ainda ressalta a importância de valorizar a arte e a cultura popular. “Os trabalhos são sempre compostos, são várias pessoas agregando na mesma obra. Dê uma atenção, uma olhadinha pro lado, o que está escrito, o que está desenhado. Na nossa cidade tem muitos grafiteiros que trabalham para tudo isso acontecer em favor da arte e da cultura”, conclui.
Autor: Milena Souza - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro