O custo da não qualidade
Autor: Caroline Brasil (*)Certamente você já ouviu falar em padrão de qualidade ou indicador de qualidade, mas e sobre o custo da não qualidade? Esse é um termo não muito divulgado, mas tão importante quanto cumprir os requisitos para um produto ou serviço. Ele é praticamente imensurável, pois pode envolver vidas perdidas, multas e desastres ambientais, além do impacto na marca da empresa.
Para evitar isso, as empresas buscam manter padrões de qualidade e atingir métricas de excelência para atender aos seus clientes da melhor forma possível. Há várias ferramentas e maneiras de se acompanhar o alcance dessa qualidade: amostragem, diagrama de Pareto ou de Ishikawa, carta controle, folha de verificação, entre outras. Cada uma delas é mais adequada a uma situação ou determinado tipo de produto. O importante é não deixar de acompanhar esses padrões para qualidade ou até mesmo desenvolver um específico para seu produto ou empresa.
Isso vale também para o relacionamento com fornecedores, em que muitas vezes, para se ter segurança no produto ou no processo de fabricação, é preciso que a escolha produtos de acordo com as especificações, deixando os custos para segundo plano. Alguns valores podem ser elevados, porém, não os cumprir pode ser desastroso. Coloca-se em risco o processo fabril, os colaboradores e os clientes.
Além da qualidade, há o aspecto de segurança da operação. Também deve ser seguido à risca, com treinamentos constantes e acompanhamento. Segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, o Brasil registrou mais de 612.000 acidentes de trabalho em 2022. Será que muitos destes não poderiam ser evitados com as regras da qualidade sendo seguidas?
Agora, todos devem seguir essas especificações, principalmente aquelas que envolvem a segurança, seja do produto ou da operação. Tivemos, infelizmente, um exemplo trágico de um submergível que implodiu por deixar algumas dessas exigências de lado. Volta e meia, um edifício desaba pelos mesmos motivos. E ninguém quer isso nos produtos e serviços prestados. Por isso, é sempre importante: qualidade e segurança em primeiro lugar!
(*) Caroline Brasil é doutoranda em Sustentabilidade Ambiental e Urbana e coordenadora dos cursos de pós-graduação das áreas de Logística, Assessoria, Inovação e Qualidade da Uninter.
Autor: Caroline Brasil (*)Créditos do Fotógrafo: Yury Kim/Pexels