O assistente social comprometido com as políticas públicas
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de JornalismoUm bom profissional é capaz de refletir sobre o seu desempenho e os desafios que enfrenta diariamente. O assistente social é o profissional que tem a missão de entender a realidade para efetivar a busca por direitos dos cidadãos que se encontram em necessidade de algum tipo de apoio.
O curso de Serviço Social da Uninter realizou um debate no dia 16.jun.2020, transmitido pela página do Facebook da sua tutoria, com o tema “Como ser um profissional propositivo, crítico e criativo?”.
Com apresentação das professoras Sandra Silva dos Santos e Mariana Patrício Richter Santos, o evento durou cerca de 35 minutos e teve a participação de alunos da Uninter e do público externo, que fizeram perguntas e comentários.
A professora Sandra explica que um assistente social criativo e positivo precisa ter uma ampla bagagem de informação, e essa informação precisa ser permanentemente atualizada, para que possa situar o profissional no mundo globalizado.
“O profissional precisa ter competência para negociar, para apresentar projetos do campo de trabalho. Precisamos nos perguntar o que é ser propositivo, crítico e criativo. Compromisso é a palavra-chave”, explica Sandra. A professora enfatiza que ser propositivo é ser investigativo, se dedicar à aprendizagem através da pesquisa.
Mariana falou sobre como um profissional se mantém criativo na nossa atual realidade de desmonte de políticas públicas. Ela lembrou que o assistente social é o profissional que está comprometido com as políticas públicas. “Isso significa que a nossa atuação profissional não é simples, por isso devemos analisar e refletir sobre os diferentes momentos históricos” explica Mariana.
Sandra destacou ainda que apesar de termos um relaxamento do estado com suas obrigações, devido à política neoliberal vigente, o assistente social tem a oportunidade de novas negociações, ir a outros lugares e instituições, fazer novas investigações, fazer outros planos, programas assistenciais, e que não se pode apenas lamentar.
“Muitas vezes o profissional se sente fraco, esquecido e desmotivado, mas ele deve lembrar que existem profissionais de outras formações que podem ajudar, que podem fortalecer o discurso da assistência social. É no meio da diversidade que a gente fortalece o nosso discurso de convencimento”, explica Sandra.
As apresentadoras também disseram que a prática assistencialista não transforma a pessoa que recebe uma ajuda, ela tem um caráter emergencial, em momentos que são pontuais. Durante um grande conflito, uma crise, podemos e devemos buscar superação e transformação, o que depende de nosso compromisso em entender a realidade. Por isso a atividade de pesquisa é fundamental ao profissional.
“Pesquisa não se faz somente na graduação, pesquisa deve ser feita no mercado de trabalho, ter uma atitude investigativa, para entender a realidade. Isso não é teoria, isso é habilidade necessária ao assistente social”, conclui Sandra.
Você pode assistir à apresentação na página Tutoria Serviço Social – Uninter, no Facebook.
Autor: Vitor Diniz - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Sergio Amaral/MDS