Na terceira graduação, Marcos desvenda e compartilha os segredos da educação a distância
Autor: Mauri KönigMarcos Tadeu Lameirinhas de Melo construiu uma carreira de mais de 3 décadas como engenheiro de telecomunicações em empresas como Embratel e Telerj. Fez uma segunda graduação em direito e logo emendou uma pós-graduação em direito matrimonial canônico. Em 2016, no entanto, a filha Juliana, que é médica, o “obrigou” a se aposentar por causa da esclerose múltipla, controlada com altas doses de vitamina D.
Seria o momento de parar e descansar, não fosse a incessante vontade de aprender. Marcos deu início então a uma nova graduação, agora em teologia, na modalidade a distância, em uma instituição da cidade do Rio de Janeiro, onde mora. Frustrou-se, o curso não atendeu às expectativas. Nem por isso desistiu. Em suas pesquisas, deparou-se com o site da Uninter.
Olhou tintim por tintim a grade do curso de Teologia Bíblica Interconfessional, e gostou do que viu. Pronto, encontrou o que procurava. Prestes a concluir o primeiro ano do curso, é só elogios. “Tem tudo o que eu buscava”, resume. Marcos não se refere apenas à qualidade das aulas e do material pedagógico, o que lhe dá segurança no curso que escolheu. Ele destaca também a série de comodidades inerentes à sua escolha.
Marcos mora em Campo Grande, bairro da Zona Oeste da capital fluminense. Estabeleceu-se ali ainda jovem, devido ao estágio na extinta Cetel (Companhia de Telefones do Rio de Janeiro), depois de peregrinar com a família por alguns estados por causa das transferências do pai militar. Ali também se casou, em 1986, e fincou raízes de vez. Na retomada dos estudos, tudo ficou mais fácil com a abertura do polo de apoio presencial da Uninter no bairro, onde costuma ir sempre que precisa.
Para ele, o segredo do sucesso na educação a distância é ser disciplinado nos estudos. “Ter disciplina, fazer suas regras e cumpri-las”, recomenda. “Não é fácil, mas não é impossível”, assegura. Sem o menor vestígio de soberba, fala com autoridade de quem está na terceira graduação, a primeira em EAD, modalidade já experimentada na pós-graduação em direito canônico.
“Depois de certa idade, a gente tem disciplina para aprender”, diz. E Marcos não vê problemas em compartilhar os seus métodos de estudo a distância. Adotou três passos que têm se mostrado bem eficientes. Primeiro, reservou um espaço da casa para se concentrar nessas atividades e evitar distrações. Montou um “escritório de estudos” no quarto do filho, Vítor Tadeu, que morreu vítima de um linfoma aos 5 anos, em 1997.
O segundo passo foi estabelecer horários fixos para estudar, todos os dias das 19h às 22h. O terceiro passo foi definir o que estudaria em cada um desses dias. Então, montou uma tabela que fixou na parede do quarto. Segundas e terças estão reservadas para uma determinada disciplina; quartas e sábados, para outra; quintas e sextas, para uma nova disciplina.
Segundo Marcos, foi a fé que o moveu para uma terceira graduação, mas é a disciplina nos estudos e a qualidade do curso que o motivam a continuar.
Autor: Mauri KönigCréditos do Fotógrafo: Euclides Cleverson de Oliveira