Morre o historiador e jurista António Manuel Hespanha
Autor: Caio Brenner - Estagiário de JornalismoO historiador e jurista português António Manuel Hespanha morreu nesta segunda-feira (1º), aos 74 anos. Ele estava internado na Fundação Champalimaud, em Lisboa, onde tratava de um cancro no cólon, doença mais comum em homens e que afeta o crescimento das células de forma anormal, tendo a capacidade de invadir e de se espalhar por outras partes do corpo.
A notícia da morte de Hespanha rodou o mundo com muito pesar por parte de seus admiradores e companheiros de trabalho, assim como do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que relembrou as qualidades do jurista por meio de uma nota oficial, publicada no site da presidência do país.
“À profundidade do seu saber histórico e jurídico, aliada a uma multiplicidade de interesses intelectuais, António Hespanha juntava notáveis qualidades pedagógicas, que fizeram dele um mestre de várias gerações de alunos de licenciatura, mestrado e doutoramento”, publicou o presidente.
Hespanha nasceu em Coimbra, em 1945. Era autor de vários artigos e livros sobre diversos aspectos da história jurídica e teoria do direito. A sua obra mais conhecida é “As Vésperas do Leviathan”.
Sua influência sobre as novas gerações de historiadores e juristas é baseada na grande quantidade de estudos e argumentações desenvolvidas por ele tanto no Brasil quanto em Portugal, sendo considerado um dos historiadores mais citados internacionalmente, assim como um dos grandes renovadores da história política e institucional dos países ibéricos e suas colônias.
Autor: Caio Brenner - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Chico Camargo/Câmara Municipal de Curitiba
Foi meu meu professor de “História do Direito Português” e professor assistente em “Direito Romano”. Foi mais que um professor, foi um incentivador e companheiro de conversas entre os Arcos de Coimbra e o Jardim Botânico nas manhãs geladas do ano letivo 1970/1971. Saudades.