Mídia busca decifrar o fenômeno EAD
Cada vez mais a imprensa tem buscado compreender o fenômeno da educação a distância (EAD), modalidade em franca expansão que abriu portas para milhões de brasileiros no ensino superior. O tema está diariamente na mídia. Nesta segunda-feira (13), por exemplo, a Inter TV, afiliada da Rede Globo em Minas Gerais, exibiu uma reportagem ouvindo estudantes e gestores de polos educacionais em busca de explicações para o sucesso dessa modalidade.
“É um perfil de ensino para um aluno que tem um objetivo e realmente quer chegar a esse objetivo”, disse à emissora o técnico em informática Wagner Duarte. Ele está na metade do curso a distância de História do Centro Universitário Internacional Uninter e recebe suporte do polo de apoio presencial em Ipatinga (MG). “O aproveitamento pode ser muito grande”, enfatiza. Wagner foi um dos alunos contemplados no sorteio de livros feito no fim do ano durante as aulas interativas.
Na avaliação do reitor da Uninter, Benhur Gaio, para quem já tem o perfil de estudar a distância, existe uma tendência muito grande de permanecer nessa modalidade. Para ele, a flexibilidade de horário e a acessibilidade de preços têm contribuído para o aumento da procura pelos cursos de EAD. A Uninter, por exemplo, dispõe de 188 cursos de graduação e pós-graduação nas modalidades presencial e a distância.
Especialistas do setor avaliam que o grande impulso do setor se deu a partir de 2005, com o Decreto Nº 5622, que reconhece a EAD como modalidade de ensino, e a sua regulação pelo MEC já no ano seguinte. A isso, somam-se os avanços da internet em todo o país e a demanda crescente na busca por uma formação superior. Esse conjunto de benefícios se reflete nos números da educação superior.
O Censo EAD.BR, divulgado em setembro pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), aponta para a existência de 5 milhões de alunos nessa modalidade em 2015, avanço de 1,1 milhão de estudantes em relação a 2014. O estudo indica ainda que os tutores e professores na EAD passaram de 28,7 mil para 48 mil de um ano para o outro. Nove entre dez dos alunos dessa modalidade estão em instituições particulares.
Edição: Mauri König