“Meu filho quer fazer EAD, e agora?”

Autor: Assessoria

Tradicionalmente vista como uma modalidade pertinente para pessoas mais velhas, a educação a distância (EAD) tem captado o público mais jovem nos últimos anos. Segundo levantamentos da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), os estudantes com menos de 30 anos representavam 50% do público do EAD em 2012, porcentagem que subiu para 68% em 2017. Entre os atrativos estão a flexibilidade de horários, a economia de tempo com traslado e a autonomia para os estudos.

Porém, segundo levantamento da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), um dos principais fatores que ainda afasta os alunos do EAD é a percepção de que o mercado de trabalho ainda não valoriza a qualidade desses cursos — visão geralmente compartilhada por seus pais.

“É uma visão ainda difícil de quebrar. Pela legislação federal, os diplomas dos cursos a distância não podem ser referenciados como tal e, por isso, têm o mesmo valor do que o dos cursos presenciais”, explica o reitor da Uninter, Benhur Gaio.

Para os pais cujos filhos querem iniciar um curso EAD, Gaio dá algumas dicas:

  • Incentive uma disciplina de estudos.

“Até o Ensino Médio, os estudantes têm uma grade horária fixada pela escola e as atividades são constantemente cobradas pelos professores. Nas graduações EAD isso não acontece, pois cada um é responsável por montar sua rotina e se ‘autovigiar’. É indispensável criar uma disciplina de estudos”, afirma.

  • Arranje um ambiente próprio para estudar.

“O quarto ou a sala normalmente são símbolos de descanso. Os jovens precisam ter um lugar específico para os estudos, mesmo que um canto da casa, ou ainda frequentar o polo de apoio presencial, bibliotecas e outros espaços que tenham uma atmosfera de concentração”, pontua.

  • Estimule a convivência social.

“Sem os encontros presenciais com os professores e colegas, os jovens precisam fazer um esforço maior para interagir pelo espaço virtual. Converse com seus filhos sobre o que estão estudando e incentive que eles utilizem os recursos de comunicação on-line, formem grupos de estudos ou organizem encontros com outros estudantes”, defende.

  • Encoraje atividades complementares.

“Ao contrário dos estudantes mais velhos, que já trabalham e têm uma rotina agitada, os mais jovens geralmente ‘apenas estudam’. Os pais podem incentivar que se dediquem a outras atividades para complementar o aprendizado, como palestras, estágios, voluntariado, minicursos e até mesmo esportes ou atividades artísticas, que trabalham outras áreas do cérebro”, coloca.

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Autor: Assessoria
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Evandro Tosin - Estagiário de Jornalismo


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