Metodologia Ágil: uma aposta em projetos mais assertivos para as organizações
Autor: Adriane Vasconcelos de Souza - Assistente de Comunicação AcadêmicaA produtividade, aliada a uma prática de gestão que visa o aprimoramento contínuo de produtos, faz parte das metas de qualquer empreendimento atualmente.
Assim como nas indústrias, no ramo do comércio ou até mesmo no agronegócio é necessário fazer a utilização de técnicas e metodologias que sejam eficazes e com menos probabilidade de erros. Foi pensando nessa sistematização e otimização de dados que surgiram as metodologias ágeis.
Para pensar sobre este tema, a Uninter promoveu em sua V Maratona da Pós-Graduação, a palestra intitulada Transformação Ágil – Potencializando o agronegócio com tecnologia, mediada pela Especialista em Projetos Ágeis, professora Thais Marion Cordeiro. Foram convidados para a conversa, o prof Me. em ensino das áreas de Ciências e Matemática, André Ricardo Antunes Ribeiro, o mestre em engenharia Mecânica, Gabriel Vergara e o Trader do Agronegócio e Especialista em Mercadologias de Grãos Quant da Agrinvest, Mateus Tarifa Búffalo.
“Metodologia ágil é uma forma de conduzir as atividades, independente do ramo ou porte da organização”, definiu a professora Thais.
Criada em 2001, no Estados Unidos, a metodologia surgiu: “A partir de algumas dificuldades encontradas pelos desenvolvedores de software (criadores da metodologia) de que os projetos de TI seguiam a mesma linha dos de engenharia civil”, orienta.
Essas dificuldades, geralmente eram encontradas na entrega do projeto, o que gerava mais tempo gasto e custo com correções.
“Depois de todo o planejamento, levantamento e recurso estipulado, se observou que havia pouca interação com o cliente. E quando o projeto era entregue, ou alguma funcionalidade estavam defasadas ou se tinha um custo elevado para se realizar aquela alteração”, comenta a professora.
As vantagens da adoção de metodologias ágeis são inúmeras, isso porque elas incluem maior foco na satisfação do cliente, estimulam a comunicação entre as equipes, contribuindo para a entrega de um projeto mais assertivo. E o que favorece essas vantagens é a forma de trabalho dentro da metodologia, onde todas as partes participam ativamente do passo a passo do projeto.
Hoje, há uma estimativa de que 16% das empresas brasileiras fazem uso de metodologias ágeis ou de ferramentas que facilitem as organizações, como o Scrum, Kanban, Asan, Lean e outros (CA Technologies, 2019).
“As tecnologias digitais no geral, tanto por meio do artefato, como a própria internet, acabaram gerando uma revolução em todos os setores da sociedade, como por exemplo, a indústria, o comércio e o agronegócio”, pontua Antunes.
Para ele, o volume de dados adquiridos através das novas tecnologias tem contribuído para a tomada de decisões, aumento da produção, redução de custos e impactos ambientais.
Já Vergara, salienta a importância da agricultura de precisão no uso de recursos como Inteligência Artificial e novas ferramentas (sensores e drones) como práticas ágeis no processo de “modernização do campo”.
“Hoje você pode irrigar, pulverizar ou fertilizar a produção, fazendo um mapeamento nas regiões onde a variável mostra a falta. Nisso, você já tem a redução de custos, o aumento da produtividade e mais agilidade. O sensoriamento, mais software, mais aplicativo, é igual a monitoramento controlado. Ou seja, tudo será controlado por você”, ressalta.
As vantagens são percebidas por quem trabalha no dia a dia da produção agrícola, como destaca Búfallo.
“Nós somos protagonistas do agro no mundo e ano após ano vemos a necessidade de estar avançando em metodologias e ferramentas para uma melhor assertividade, deixando de olhar apenas para o preço, mas a rentabilidade de todo o negócio.”
Ele ressalta também o papel da Agrinvest Comodities – intermediador no comércio físico brasileiro de grãos que vem trabalhando desde 1987 no acompanhamento dos processos de comercialização de grãos, uma atuação que se estende desde o Brasil, Europa e América do norte, se destacando na criação de ferramentas e estratégias comerciais com foco na rentabilidade.
Autor: Adriane Vasconcelos de Souza - Assistente de Comunicação AcadêmicaEdição: Larissa Drabeski
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