Mestrado investiga o YouTube como ferramenta de aprendizado
Todos os dias, dois bilhões de pessoas do mundo todo acessam os vídeos do Youtube com os mais diversos fins, sejam profissionais, de entretenimento, ou de cunho social. Hoje, quem vê essa imensa plataforma não imagina como há menos de 15 anos era difícil assistir a vídeos na internet.
Iniciado em 14 de fevereiro de 2005 por três amigos, que tiveram a ideia numa conversa casual durante uma festa, o site nasceu com o objetivo de facilitar o acesso a vídeos para todo o mundo. Hoje , é a maior plataforma de conteúdo audiovisual do mundo, e se transformou em uma oportunidade de divulgação de conteúdos dos mais diversos, sendo inclusive uma poderosa ferramenta para a educação.
Seguindo essa visão, Pâmella de Carvalho Stadler, mestranda do curso de Educação e Novas Tecnologias da Uninter, defendeu no dia 21 de março no campus Divina da instituição, em Curitiba (PR), a dissertação com o tema: “YouTube como ferramenta de educação não formal: boas práticas para criação de conteúdo educativo em vídeo”.
A pesquisa foi dividida em quatro capítulos, buscando desmistificar diferentes aspectos do tema. No primeiro, a autora estrutura a linha de raciocínio do trabalho, assim como o perfil dos youtubers. No segundo, busca entender mais sobre o conceito de linguagem e quais foram as principais bases para o desenvolvimento desta linguagem informal própria do meio (TV, rádio, cinema).
O terceiro capítulo apresenta a metodologia de pesquisa de canais como Nostalgia, Biologia Total e Manual do Mundo, analisando o conteúdo educacional produzido por eles, assim como as características da linguagem empregada. O último encerra a parte mais estrutural da pesquisa, falando sobre a diferença entre as linguagens formal e informal e apresentando uma proposta de boas práticas para a produção de vídeos educativos utilizando a linguagem dos youtubers.
“Precisamos romper com a ideia de que o aprendizado somente ocorre nas instituições de ensino formais, como em escolas e em universidades. Aprendemos em qualquer lugar, a qualquer momento”, diz a mestranda.
Após ouvir as considerações finais da pesquisa, a banca formada pelos professores doutores Rodrigo Otávio dos Santos, como orientador, João Augusto Mattar Neto e Luciano Frontino de Medeiros, como representantes internos da Uninter, e a convidada externa, Suyanne Tolentino de Souza, da PUC-PR, aprovaram a aluna como mestre em educação.
Autor: Caio Brenner - estagiário de JornalismoEdição: Mauri König / Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal