DIREITOS SOCIAIS

Mestrado discute desigualdade salarial entre homens e mulheres

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, as mulheres são maioria da população brasileira e ocupam cada vez mais espaço no mercado de trabalho. Quase 40% são encarregadas do sustento da família. Entre os eleitores, elas também se mostram em maior número e, nas eleições de 2014, a participação em disputa por cargos aumentou 30% em relação a 2010. Elas são a maioria em diversos setores e empresas, como no Grupo Uninter, onde respondem por 63% do quadro de colaboradores.

Apesar dos grandes avanços sociais e direitos conquistados pelas mulheres ao longo de mais de dois séculos de lutas, as desigualdades persistem, e esse contraste pode ser mais facilmente visto quando comparamos cargos e salários de mulheres em relação aos homens. Essa questão chamou a atenção da aluna do Mestrado Acadêmico em Direito da Uninter, Carolina Quadros, e foi o ponto de partida para a dissertação “Desigualdade salarial em razão de gênero e jurisdição trabalhista”.

Carolina observou, durante suas pesquisas, que o assunto ainda é pouco estudado devido a falta de processos nesse sentido. Como advogada trabalhista, percebeu ao longo da carreira uma grande quantidade de queixas de mulheres que alegavam a condição de disparidade salarial nas empresas onde trabalhavam, mas que não entravam com ações trabalhistas em função da discriminação de gênero por ser muito difícil comprovar e levar o processo adiante.

A mestranda diz que a dissertação traz questões importantes que auxiliam no processo de mudança. “É importante falar sobre isso, para que a questão seja discutida e possa-se pensar em um caminho. A questão da desigualdade perpassa não só nos ambientes de trabalho, mas na academia e em outros lugares. Existem efeitos e consequências que ocorrem em função disso”, afirma.

Para ela, as mulheres precisam cada vez mais conquistar seu lugar em todas as esferas da sociedade, e é preciso reforçar a efetividade de políticas públicas que se preocupem com a questão e garantam a participação da mulher. “Quanto mais representatividade nos setores, maior a mudança”, completa.

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Autor: Jaqueline Deina - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Jaqueline Deina - Estagiária de Jornalismo

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