Mestrado aborda o que as organizações esperam da educação empresarial
Autor: Ariadne Körber - Estagiária de JornalismoTradicionalmente, a educação deve fazer parte da vida de todo ser humano durante as duas primeiras décadas de vida. Esse é o período em que aprendemos os conteúdos e habilidades fundamentais para a interação em sociedade. Em nossa era digital, porém, o avanço tecnológico cria cenários em que a educação deixa de ser apenas uma fase da vida e se torna uma constante.
Hoje, várias empresas estão adotando a educação empresarial, que consiste em treinamentos, capacitações, especializações e aulas diversas para habilitar uma equipe em determinada área de atuação. E isto não significa apenas apoiar e incentivar os colaboradores na busca por uma pós-graduação, por exemplo, mas em fornecer a eles os cursos que são necessários para sua prática profissional.
Assim, fica claro que a educação não está mais restrita aos ambientes tradicionais, como a escola ou faculdade. Para Jaqueline Becker, que trabalha com desenvolvimento humano e organizacional em empresas há três anos, este tema tornou-se naturalmente objeto de estudos do Mestrado em Educação e Novas Tecnologias da Uninter. O objetivo da pesquisa, orientada pela professora-doutora Marilene Santana dos Santos Garcia, foi criar orientações para um design educacional híbrido no âmbito corporativo, unindo formas de instrução presencial e a distância.
Um dos primeiros passos para Jaqueline foi criar um questionário em que buscou entender o que as empresas esperam em relação à educação empresarial, e ainda como relacionam tais projetos ao uso de ferramentas tecnológicas, como os celulares, por exemplo. Em sua pesquisa, todas as empresas demonstraram interesse na educação híbrida e no uso do celular como ferramenta de apoio.
A mestranda utilizou uma plataforma de educação online para disponibilizar um curso à empresa que serviu de objeto de estudo da dissertação, além de incluir o uso do mobile como ferramenta de ensino.
Após o treinamento oferecido, Jaqueline aplicou um novo questionário aos participantes. Ela comprovou que a aceitação do programa foi boa, assim como o desempenho dos participantes, identificando ainda que os celulares precisam ser reconhecidos como ferramenta de educação corporativa. A pesquisadora aponta ainda que houve mudanças significativas de comportamento nas empresas que foram estudadas, o que demonstra a efetividade de programas de educação empresarial.
Em sua defesa da dissertação, Jaqueline foi aprovada pela banca no último dia 1º. de agosto, no Campus Divina Providência, em Curitiba (PR). Ela ainda não pensa em um doutorado, mas garante que os resultados de sua pesquisa são aplicados diariamente em seu trabalho.
Autor: Ariadne Körber - Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Hendrigo Bianchi