Mercado de trabalho pós-pandemia e as contribuições do coaching

Autor: Ana Paula Escorsin*

Esse tema me fez pensar sobre a palavra transformação que, segundo o dicionário Aurélio, é “a alteração no estado de um sistema, é a ação e o efeito de fazer algo ou alguém mudar de forma, transmutar algo em outra coisa”.

Dias atrás me deparei com uma Revista Cruzeiro de 1964. Havia uma propaganda “Assegure o seu futuro estudando por correspondência”, com cursos de Rádio, Televisão, Transmissores e Eletrônica. Uma outra, “Triunfe! Escolha uma destas brilhantes Profissões…”. Sabem quais eram as profissões? Esteno – Datilografia, Taquigrafia e Redator de Propaganda.  O curso por correspondência foi o precursor do ensino a distância, as profissões mencionadas já não existem. Quanta mudança!

No Aurélio, mudança significa “trocar, substituir uma coisa por outra”. Parece que mudança é algo superficial, concordam? Transformação, mais profunda. Algo ou alguém pode mudar, mas não se transformar.  Uma pessoa pode assumir um cargo de liderança, mas não ser transformada por tal mudança. Esses dois processos – mudança e transformação – ocorrem periodicamente. Comparando a revista de 1964 com outras décadas, houve grande mudança de cenário. Mudança maior passamos com a pandemia, lockdown e home office para inúmeras profissões no mundo. Casa, trabalho e estudo tudo junto. Isso adoeceu pessoas (física e emocionalmente).

Essa mudança de cenário pandêmico e agora pós-pandêmico acarretou para as empresas a necessidade de se transformar, precisaram evoluir em seus propósitos, principalmente no que se refere à gestão de pessoas: como capacitar funcionários, como conduzir a atuação de líderes, como engajar equipes, como fazer proteção dos seus dados, como regulamentar o trabalho híbrido, como atuar para o bem-estar das pessoas. Muito trabalho a ser desenvolvido. Algumas conseguiram se olhar e se transformar, outras, mudaram algumas coisas e deve haver aquelas que estão lá, da mesma forma.

Faz parte do título dessa nossa conversa “as contribuições do coaching”. As organizações que permitem transformar a gestão de pessoas diante de tais cenários podem contar com técnicas adequadas para desenvolver líderes, funcionários e equipes (mesmo online).

Desenvolver os aspectos profissionais propicia à pessoa ampliar sua capacidade para assumir responsabilidades em níveis diferenciados de complexidade e ampliar sua visão sobre si mesma e de suas relações. Portanto, desenvolver pessoas é um diferencial para as organizações que estão em constante aprendizado.

Mas o que é o coaching? É um processo que possibilita autoconhecimento, facilita a aprendizagem e o desempenho de uma pessoa por meio da utilização adequada de seu potencial, com a finalidade de alcançar resultados almejados. Tem como foco o desenvolvimento de competências, o aumento de performance, a conquista de melhores resultados e satisfação. Para possibilitar tal desenvolvimento são utilizadas técnicas científicas, testadas e reconhecidas e precisa ser conduzido por um profissional habilitado.

O coaching atende demandas de desenvolvimento de profissionais, de líderes, de dirigentes e de equipes. Uma empresa pode contratar os serviços de um coach profissional no mercado ou ter esse profissional em sua equipe de gestão de pessoas. Quando a empresa contrata o serviço de tal profissional, os objetos do processo de coaching são alinhados aos objetivos estratégicos da corporação, para que haja sintonia de atuação. Uma pessoa também pode contratar o serviço de um coach.

Sintetizando nossa conversa: diante de cenários em transformações não se sinta só; há técnicas, como o coaching, que contribuem para que um profissional (ou equipe) tenha clareza de seus objetivos, defina o que quer fazer para atingi-los e possibilita aprendizado integrado de si mesmo.

* Ana Paula Escorsin é psicóloga por formação e psicoterapeuta por vocação. Transita entre ser professora e pesquisadora, escreveu dois livros e um capítulo de um outro que abordam  a relação da pessoa consigo e com o outro. Para embasar a sua atuação, especializou-se em gestão de recursos humanos, em psicologia analítica, fez formação em coaching e mestrado em educação. É professora da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter.

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Autor: Ana Paula Escorsin*
Créditos do Fotógrafo: Pexels/Fauxels


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