Me formei ao lado de quem gerei

Autor: Sandy Lylia da Silva – Estagiária de Jornalismo

O papel que as mulheres representam na sociedade se modificou ao longo dos séculos. Muitas batalhas foram – e ainda são – travadas para a construção de uma estrutura mais igualitária, onde as oportunidades não sejam balizadas por gênero.

A questão da maternidade é cercada de inúmeros desafios, mas não é mais um fator limitante ao progresso e à caminhada das mulheres na idealização de seus sonhos. O acesso ao ensino superior na modalidade EAD tornou-se uma ferramenta fundamental na ascensão e projeção feminina, que conciliam estudos com suas jornadas triplas, entre trabalho, casa e cuidados com os filhos.

Um exemplo de sucesso desta realidade é Ana Joise Silva Toporowicz, 42, graduada em Tecnologia em Coaching e Desenvolvimento Humano, que junto ao seu primogênito, Augusto Cesar Toporowicz Ferreira, 23, formado em Tecnologia em Gestão de Startups e Empreendedorismo Digital, participaram lado a lado da solenidade de formatura realizada pela Uninter, no dia 30.abr.2022 na Ópera  de Arame, em Curitiba.

De menina à mulher

Ana se casou na adolescência e acabou por interromper seus estudos para se dedicar à formação de sua família. Aos 19 anos, tornou-se mãe de Augusto. Sua segunda filha, Cinthia Toporowicz Ferreira, veio cinco anos depois.

Em 2006, sua vida mudou. Devido ao término de seu casamento, ela se viu perante a uma nova realidade, que necessitava de resiliência e ação. “Depois da separação, resolvi colocar minha vida em ordem e voltar para escola, estava com o segundo grau incompleto. Em 2007, passei na Universidade Federal do Paraná (UFPR), para cursar Matemática, sempre quis ser professora, mas tive muita dificuldade, minha nova rotina não se adaptou à faculdade presencial”, comenta Ana, que não desistiu mesmo com as adversidades.

“Em 2012, fiz outra tentativa, para cursar RH presencialmente, mas também não consegui concluir, viajava muito a trabalho. Cheguei a fazer EAD em outras instituições, entre 2014 e 2015, mas não me adaptei ao formato. Quando entrei na Uninter, em 2016, tudo funcionou melhor, a sistemática e a plataforma, na minha opinião, são as melhores, me adaptei super bem”, comenta Ana.

EAD, o queridinho das mulheres

Pelo menos 63% de todas as vagas ofertadas para ensino superior em 2019 eram na modalidade EAD e a maioria dos estudantes da modalidade era composta por mulheres, segundo pesquisa Censo EAD Brasil 2020, Relatório Analítico da Aprendizagem a Distância no Brasil, publicada em abril deste ano pela Associação Brasileira de Educação à distância com base em dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

A grande aceitação por essa modalidade de ensino surgiu pelo avanço no acesso às tecnologias da informação, custos mais acessíveis nas mensalidades e a maior flexibilidade para realizar os estudos, visto que não há necessidade de deslocamento para ambientes físicos acadêmicos. Os campi digitais oferecem aulas que proporcionam a todos as mesmas condições de aprendizado.

Exemplo para os filhos

Ana concluiu sua primeira graduação na Uninter em 2018, cursou Tecnologia em Gestão de Recursos. “Mais de 10 anos depois do fim do meu casamento consegui concluir um curso de graduação. Com a metodologia de ensino a distância da Uninter, tudo deu certo”, ressalta ela.

Em 2019, ela retornou à instituição em busca do seu segundo diploma. “A Uninter sempre enviava informativos para os egressos, e aproveitei uma destas oportunidades. Consegui eliminar algumas matérias e tive uma mensalidade muito em conta, com tantas vantagens oferecidas, pensei comigo, se eu não fizer é até uma vergonha”, recorda.

Observando o progresso de sua mãe, Augusto também ingressou na instituição. Anteriormente, cursou três anos de Engenharia Mecânica no formato presencial, em outra faculdade, mas não se identificou ao trabalhar na área, interrompendo esta graduação. Em 2020, com metade da sua graduação concluída, ele conquistou uma vaga de estágio em uma multinacional do ramo alimentício. “A organização que a Uninter tem dos conteúdos dentro do AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) torna muito fácil a forma de estudar, além do conteúdo disponibilizado ser muito bom. Não senti falta de estar em sala de aula, muito pelo contrário, hoje vejo que o ensino EAD nos dá a possibilidade de focar muito mais”, diz ele.

Em meio à pandemia da Covid-19, mãe e filho se depararam dividindo a rotina acadêmica juntos, cobrando entre si resultados de trabalhos e provas, e se apoiando mutuamente. Com essa parceria, concluíram seus respectivos cursos de graduação com poucos meses de diferença um do outro.

De mãos dadas na formatura

“Minha mãe é incrível! Passamos por inúmeras dificuldades, mas com o passar do tempo ela nos demonstrou como superar tudo. Fazer a colação de grau junto com ela não tem descrição, foi muito diferente, muito legal, ela é nosso maior exemplo. Me senti muito confortável, tudo fez sentido”, comemora Augusto.

A mãe se inscreveu para ser oradora da formatura, e através de um sorteio, foi contemplada. “Acho lindo as pessoas que realizam homenagens em formaturas, sempre tive vontade de participar. Fiquei muito feliz e surpresa em poder falar em nome de toda Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios. Com minhas palavras, ressaltei um discurso sobre a importância da atitude, pois somente o exercitar da motivação não cria oportunidades. Precisamos agir para chegar onde queremos, e poder compartilhar isso em uma solenidade como esta, junto de meu filho, foi a cereja do bolo para mim”, celebra Ana.

Toda família segue aliada no desenvolvimento pessoal a partir dos estudos, é um valor, para eles. “Minha filha Cinthia toca piano e violino, ela está se preparando para fazer faculdade de música, é seu sonho. Está na lista dela a graduação que a Uninter oferece também”, diz a mãe.

Ana acabou de concluir sua segunda pós graduação, em Gestão Comercial e pensa seguir na instituição para futuramente cursar Licenciatura Letras, contemplando uma realização pessoal.

Já formado, Augusto passou de estagiário para funcionário efetivo, e para o próximo ano pensa em cursar também uma pós-graduação na Uninter. “Está no meu radar, gosto muito de programação, de elaborar códigos, quero me especializar nesta área. Assim seguirei decolando ao lado de minha mãe”, conclui.

 

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Autor: Sandy Lylia da Silva – Estagiária de Jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Grupo Polyndia e arquivo pessoal


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