Mãos à obra: voluntários se unem em projeto humanitário

Autor: Natália Schultz Jucoski - assistente de comunicação

O projeto chamado “Mãos do sertão” uniu 18 voluntários no atendimento de cerca de 500 pessoas do povoado de São Tome na cidade baiana de Campo Formoso, localizada a 400 km da capital Salvador.  Nos dias 13, 14 e 15 de setembro, os voluntários colaboraram levando remédios e alimentos, além da participação de profissionais da saúde que atenderam a comunidade em trailers com consultórios dentários e médicos. Também foram construídas salas de aula e uma sala de informática equipada com 20 computadores.

Este é o sétimo ano do projeto, realizado geralmente em regiões mais pobres do país. O coordenador da área de Humanidades da Escola Superior de Educação, Humanidades e Línguas da Uninter, Cícero Bezerra, conta que a assistência tem como principal objetivo chegar a locais do Brasil onde ninguém quer ir. “São  regiões carentes de políticas públicas, de educação, de implementação e de estrutura”, comenta.

A maioria dos povoados atendidos pelo projeto são formados por quilombolas, que são grupos descendentes de pessoas escravizadas que fugiram e formaram comunidades autônomas existentes até hoje. “Também depois da abolição eles montaram comunidades para viver nesse local”, explica Bezerra. Sobre os desafios locais, o professor aponta o alto índice de analfabetismo, gravidez precoce e falta de estrutura, aspectos que reforçam a importância da manutenção do projeto.

A ajuda humanitária e espiritual faz parte da iniciativa Teologia na Prática promovida pelo professor Cícero, que conta com o auxílio de várias pessoas para o voluntariado. O trabalho voluntário desempenha um papel fundamental para a construção de uma sociedade mais solidária e menos desigual, impactando  positivamente a vida daqueles que estão em situações vulneráveis. Mas vai além, é enriquecedor para os próprios voluntários.

A prática promove empatia, desenvolve habilidades interpessoais e fortalece laços sociais. Ser voluntário é a oportunidade de aprender mais sobre as questões sociais e de se engajar ativamente na transformação da realidade ao nosso redor.

 

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Autor: Natália Schultz Jucoski - assistente de comunicação
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal


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