Longevidade, qualidade de vida e sorte

Autor: Ademir Bueno (*)

A cada ano que passa, o número de pessoas que vivem mais aumenta no mundo todo, e no Brasil não é diferente. Aumenta o número de pessoas que ficam mais tempo por aqui, mas a questão é: longevidade sem qualidade de vida vale a pena?

A longevidade é resultado do mundo moderno, da ciência, das pesquisas que não param. A cada dia temos mais novidades em termos de alimentos, suplementos, medicamentos, terapias, tratamentos, procedimentos, que fazem as pessoas viverem mais, sobreviverem a esse mundo que se torna mais estressante, com a vida mais corrida e as relações mais fugazes.

Nem todos chegarão aos 80, 90 anos, mas muitos alcançarão este patamar nas próximas décadas. A festa não é para todos. São convidados à longevidade aqueles que têm genética favorável, que praticam e praticaram atividades físicas no decorrer de suas vidas, que sempre fizeram boas escolhas alimentares, que souberam trabalhar e minimizar os efeitos do estresse e, especialmente, os que tiveram sempre cuidados com a saúde e bem-estar.

Ah! Outro fator importante também para se viver mais e chegar perto da casa dos 100 anos é a sorte. Sim, ela é um fator que pode ser decisivo. A morte da jogadora Isabel Salgado acendeu-me uma luz amarela. Uma pessoa que tinha um físico bem-preparado para as intempéries a que todos estamos sujeitos, mas teve contato com uma bactéria que se alojou em seu pulmão e 48 horas depois veio a falecer. Isso é ou não falta de sorte? Morrer tão cedo, com possibilidades de viver mais 20 ou 30 anos. Leve esse fator também em consideração.

Se quiser somar, ajudar, dar aquela “forcinha” para alongar seus dias aqui nesse plano, pense em melhorar a qualidade do seu sono. Não use medicamentos sem consultar um médico, redobre a atenção com a alimentação, cozinhe mais, desembale menos. Dê preferência a alimentos menos industrializados, com pouco sal, orgânicos. Se possível, controle os fatores que elevam seu nível de estresse, dedique-se a ter uma vida mais leve, abandone vícios, pratique atividades físicas regulares e procure ser feliz na maior parte do seu tempo.

Uma vida recheada de sentido faz as pessoas viverem mais e melhor, então, veja sempre o que pode aprender. Mesmo nas situações mais delicadas e difíceis, opte por não ser o mais estressado de seu grupo familiar, de amigos ou do trabalho. Faça atividades que lhe possibilitem melhorar seu físico e seu espírito. Não deixe que o mundo e, especialmente, as pessoas que nele vivem estraguem seu dia, sua existência. Lute, lute para ser longevo e com qualidade de vida.

O desafio está lançado, vamos ver quem viverá mais e melhor. Topa o desafio?

(*) Ademir Bueno é psicólogo, mestre em Sociologia e professor adjunto do curso de Administração e de cursos de pós-graduação da Uninter.

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Autor: Ademir Bueno (*)
Créditos do Fotógrafo: Freepik


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