Longevidade e modernização em rádios do interior do Paraná

Autor: Thiago Dias - estagiário de jornalismo

O Ministério das Comunicações, por meio do Departamento de Inovação, Regulamentação e Sistemas, estuda a implantação da tecnologia digital para os serviços de radiodifusão sonora (Rádio AM e FM) em parceria com instituições de pesquisa, radiodifusores e representantes das tecnologias propostas. Com a digitalização, o rádio passará a ter muito mais qualidade de áudio e também a possibilidade de transmissão e novos serviços digitais. Enquanto essa tecnologia não é imposta, o governo assinou um decreto para o fim da rádio AM. Assim, as emissoras precisam fazer a conversão para o FM, pois o AM será extinto no Brasil e a maioria dos aparelhos de rádio, seja para o carro ou para casa já não contam mais com essa opção de sintonia.

Essa mudança leva a transformações não apenas nos meios de comunicação, mas na própria experiência dos ouvintes. Para investigar os impactos dessa mudança, um estudo de caso mostra o procedimento de rádios no interior do Paraná que fizeram essa migração. O artigo faz comparações entre as rádios no AM e no FM e investiga como as emissoras se adaptaram à mudança de frequência, no que se refere à programação, custos, mercado e relação com os ouvintes.

A pesquisa foi feita em 2020, durante a pandemia de Covid-19, período em que a audiência de rádio cresceu bastante no Brasil. No estudo, foram ouvidas oito das 94 emissoras que tinham feito essa migração, até aquele momento, segundo dados da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP). De acordo com dados do estudo, as rádios que participaram da pesquisa permaneceram no ar, em média, por 49 anos na faixa AM antes da migração, tendo a mais nova operado em AM por 27 anos (Rádio Campo Aberto, de Laranjeiras do Sul) e, a mais antiga, por 76 anos (Rádio União, atual CBN União da Vitória).

Nas entrevistas, os diretores das emissoras citaram alguns fatores que fizeram com que decidissem mudar para o FM, entre eles o sinal de baixa qualidade na antiga faixa e o maior alcance, que é viabilizado pela recepção do sinal em aparelhos celulares, o que não é possível nas transmissões AM.

A conclusão do trabalho traz saldo positivo conforme análise dos radiodifusores. Com o alto valor investido em troca de equipamentos e custos de migração, para que fosse possível essa conversão, suas emissoras passaram a valer mais no mercado, ao invés de fechar as portas, caminho que seria natural em pouco tempo.

O artigo ‘O desafio da migração AM-FM em rádios no interior do Paraná’ dos autores João Cubas e Elson Faxina foi publicado na Revista Uninter de Comunicação, um dos nove periódicos científicos na Uninter. Você pode acessar o artigo completo neste link.

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Autor: Thiago Dias - estagiário de jornalismo
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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