Logística de escoamento: importante aliada do desenvolvimento econômico

Autor: Adriane Vasconcelos de Souza - assistente de comunicação acadêmica

O Brasil é um dos maiores produtores agrícolas mundiais, ocupando o terceiro lugar em exportação no ramo da agropecuária, de acordo com o TradeMap 2023.

O crescimento se deve às diversas pesquisas realizadas em torno das inovações tecnológicas e investimentos nas mais diversas áreas que compõem o setor. A ação transformadora do agronegócio vem produzindo excedentes significativos, ampliando mercados, gerando superávits cambiais que estimulam a economia, poder de compra e melhores perspectivas para o país.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em relação à alta do PIB, divulgada no início de 2024, o setor agropecuário apresentou um avanço de 15,1% de 2022 para o ano de 2023. Outros setores que também registraram avanços significativos foram os serviços (2,4%) e indústria (1,6%). Em relação ao PIB per capita, que se trata da distribuição do valor total dividido pelo número total de habitantes, obteve R$ 50.194, um aumento de 2,2% em comparação ao ano de 2022.

Apesar destes resultados representarem bons avanços para o país, estes números poderiam ser melhores, se a logística do agronegócio fosse mais estruturada.

Foi em torno deste assunto que se ateve a palestra Desafios e Soluções para a logística do agronegócio brasileiro, promovida pela Uninter em sua V Maratona da Pós-Graduação, com o tema Conexões Interdisciplinares: O Agro em Tudo, tendo como palestrantes a professora Caroline Viera de Macedo Brasil, especialista e coordenadora dos Cursos de Logística, Qualidade e Inovação da Uninter, e a professora Adriana Carvalho Pinto Vieira, doutora em Desenvolvimento Econômico.

A professora Caroline Vieira, durante sua fala, destacou as dificuldades do Brasil em se manter no mercado competitivo em virtude dos desafios que envolvem a logística de escoamento.

“Temos uma falha na logística para escoar esse agro internamente, e, também na exportação, tornando nosso produto talvez mais caro no mercado externo, o que faz perdermos competitividade por causa dessa falha dessa infraestrutura”, ressalta.

Ela também comenta que, para trabalhar essa situação, seria necessário um planejamento a longo prazo, mas que mesmo diante desses desafios, o Brasil ainda consegue liderar em muitos setores de produção.

Sobre os novos dados que representam o desenvolvimento econômico do setor, Adriana Carvalho salienta que as exportações este ano cresceram 3,2% em relação aos meses de janeiro e março de 2023, um total de 78,27% bilhões. Em relação ao ano passado, houve um progresso de 22%. Os dados são do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

“O Brasil está cada vez mais alcançando expertise em exportação de alimentos e isso não é por acaso. Houve muita pesquisa, muita inovação e muito trabalho. Nos anos setenta, nós importávamos alimento porque a nossa produção interna não dava conta de alimentar o nosso país”, destaca Carvalho.

Ela também comenta que, só no início de 2024, o Brasil expandiu cem novos mercados comerciais, o que fez gerar novos desafios em reação a novas adequações ao mercado externo. Para isso, faz-se necessária toda uma pesquisa para que os produtos brasileiros se encaixem nas exigências de qualidade do mercado exterior.

“A Europa impõe muitas barreiras alfandegárias…. Então nós fomos adequando toda a nossa produção, como o da fruta, da carne e todas as outras, para corresponder a esse mercado externo para que se possa realmente exportar”, completa Carvalho.

A palestra finalizou com as professoras destacando o papel do pequeno produtor no cenário do agronegócio, bem como a importância de mais investimento para o desenvolvimento do setor agrícola no Brasil. Confira a palestra completa, clicando aqui.

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Autor: Adriane Vasconcelos de Souza - assistente de comunicação acadêmica
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do Fotógrafo: Pexels


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