MEIO AMBIENTE

Lixo eletrônico, um perigo cada vez mais visível

Autor: Ivone Souza - Estudante de Jornalismo

Constantemente expostas a muitas novidades e influenciadas pela mídia e pelo barateamento das tecnologias, as pessoas estão frequentemente comprando novos itens eletrônicos, mais modernos e sofisticados, como smartphones, televisões, computadores etc. Entretanto, todos estes itens acabam se tornando lixo eletrônico muito rapidamente, gerando um grande problema social.

No artigo Lixo Eletrônico e seus Impactos aos Recursos Hídricos, publicado no caderno Meio Ambiente e Sustentabilidade da Uninter, os pesquisadores Rafael Marcos Bosquesi, especialista em recursos hídricos, e Rafael Lopes Ferreira, mestrando em Ciência e Tecnologia Ambiental, ressaltam que a geração de resíduos sólidos é motivo de preocupação mundial, sendo um dos desafios a ser enfrentado pela sociedade moderna, devido aos seus impactos econômicos e ambientais.

Ainda segundo os autores, tanto em países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos o lixo sólido que mais cresce é o eletrônico. Hoje, de todo o lixo gerado mundialmente, 5% são resíduos eletrônicos, o que representa, em média, 50 milhões de toneladas produzidas por ano. No entanto, apenas 11% desse volume vai para reciclagem, o que resulta na poluição de rios e córregos com produtos químicos de alto teor tóxico.

Bosquesi e Ferreira argumentam que a falta de tecnologia específica para a reciclagem e o descaso das autoridades são os maiores entraves para o enfrentamento desse problema.

Os autores salientam que a logística reversa pode ser a saída mais adequada para a gestão e disposição do lixo eletrônico. Este processo envolve a coleta e transporte dos produtos já utilizados, danificados ou sem uso, a partir do consumidor, chegando até o fornecedor novamente, que deve garantir o descarte e tratamento adequado do resíduo.

Ainda no artigo, os autores apontam algumas dificuldades para o desenvolvimento da logística reversa, entre elas a de ser considerada uma atividade com alto custo. Há também uma dificuldade de se quantificar o retorno dos produtos, a falta de normas reguladoras sobre procedimentos de descarte e recuperação, e também a falta de conscientização para informar e incentivar os consumidores sobre o destino correto do lixo eletrônico.

Para os autores, o Brasil precisa tomar medidas urgentes para não seguir o caminho dos países asiáticos, que sofrem atualmente com graves problemas na questão do descarte do lixo eletrônico. Essa situação tem um impacto negativo na saúde da população, afetada com a exposição dos poluentes originários do lixo eletrônico, que podem provocar prejuízos irreversíveis.

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Autor: Ivone Souza - Estudante de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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