Jovens aprendizes recebem aula sobre cultura organizacional e recrutamento

Autor: Nayara Rosolen - jornalista

Alinhar a cultura e as expectativas entre empresa e colaborador é fundamental para o desenvolvimento do trabalho e ascensão da carreira profissional dentro de uma organização. Para o gerente de Gestão de Pessoas da Uninter, Joel Ziemann Ferruci, a identidade organizacional, com missão, visão e valores estratégicos é a normativa principal de uma instituição.

A cultura organizacional foi tema de uma palestra que Joel realizou para os jovens aprendizes da Uninter, na manhã de 30 de setembro de 2023. Na mesma tarde, a analista de Gestão de Pessoas Flávia Dal Negro também falou com os colaboradores a respeito de Recrutamento e Seleção, área que atua.

As atividades fazem parte do módulo de recursos humanos do programa Jovem Aprendiz e aconteceram no campus Garcez da Uninter, onde os jovens assistem as aulas teóricas todas as sextas-feiras. O programa é realizado pelo Instituto IBGPEX, enquanto entidade qualificadora, em parceria com a área de Gestão de Pessoas do grupo educacional, que recebe os aprendizes dentro das diversas áreas para o desenvolvimento da prática profissional.

Joel acredita que nesta fase em que os jovens constroem um pensamento crítico em relação à carreira profissional, é essencial ter os valores em mente. “O profissional é um ser humano, esses conhecimentos servem não só para a empresa, mas também para o sucesso enquanto cidadão, porque a gente faz parte de um coletivo, dentro de um contexto muito maior que é a sociedade”, aponta o gerente.

A pedagoga do IBGPEX, Pamella Toski, explica que convidar uma pessoa de dentro da organização, que tem a expertise no assunto e conhecimento de como as coisas realmente acontecem na empresa, é importante, pois mostra para os jovens aprendizes o zelo que os profissionais possuem pela cultura organizacional, com princípios e valores.

“Tanto a entidade qualificadora quanto a empresa empregadora precisam estar alinhadas, caminhando juntas. Estamos trazendo pessoas que atuam e já têm essa vivência no dia a dia. É a cultura da empresa que eles já trazem para diretores e coordenadores, no dia a dia. Ter essa troca com pessoas que estão [lidando com essas questões] diariamente, ainda mais como gerente, trouxe esse caminho aberto [para um contato mais próximo]. Daqui a pouco podem ser eles também a seguirem uma carreira dentro da instituição”, conclui Pamella.

CHAVI para o sucesso

Na Uninter, a missão é transformar pessoas por meio da educação. A instituição também tem como visão ser reconhecida como organização de excelência para estudar, trabalhar e investir. Os valores estão acerca do respeito às pessoas, integridade, responsabilidade e excelência, principalmente. Experiência que os jovens possuem na prática por meio do programa.

Joel salienta que é necessário sempre explorar a questão da sigla CHAVI, que diz respeito a Conhecimento, Habilidades, Atitude, Valores e Inteligência emocional. O profissional também pontua a importância do feedback e das orientações que devem acontecer regularmente, não apenas quando algum processo precisa ser melhorado.

“Quando esse jovem é colocado para atuar dentro das áreas, todos os nossos gestores são orientados sobre como receber, quais conteúdos devem passar, porque existe uma questão de formação continuada. Começa com o IBGPEX dentro da sala de aula e continua na atuação desse profissional dentro do setor”, explica.

A aprendiz Keliane Ferreira da Silva, 17 anos, realiza as práticas no setor de Gestão de Pessoas e afirma que esses momentos com os profissionais da própria organização são importantes para aproximar os jovens da gerência. É uma oportunidade ainda de sanar dúvidas relacionadas ao desenvolvimento da instituição e o que oferece para os colaboradores.

Para a jovem, que está dentro do setor, também é importante que todos tenham maior conhecimento de como acontece todo o processo de contratação e o que é observado no momento da escolha de um candidato.

Heloiza Torres, 18 anos, atua na Central de Estágios e também cursa Direito na Uninter. A aprendiz acredita que existe um pré-conceito de que a área de recursos humanos existe apenas para cobrar ou desligar colaboradores. No entanto, diz que durante a fala de Joel, foi possível ampliar a visão para a função de garantir o bem-estar do trabalhador.

De aprendiz à recrutadora

Flávia ingressou no Grupo Uninter ainda como jovem aprendiz e hoje faz parte do time de Recrutamento e Seleção. Um caso de sucesso, com efetivação e promoção dentro do setor, a profissional utilizou da rica trajetória que possui para falar com os jovens aprendizes.

A analista preparou um conteúdo voltado para conceitos de recrutamento e as etapas de seleção e aprovação de um colaborador. “Eles [os jovens aprendizes] vão direto para as entrevistas, então é interessante que saibam como isso começa e da importância que cada etapa tem para o resultado final”, explica.

O intuito é que os aprendizes consigam se preparar melhor para esses momentos, já que estão ingressando para o mercado de trabalho e têm a oportunidade de aprimorar essa habilidade. Para isso, receberam dicas de como construir um currículo interessante e como se comportar durante uma entrevista. Assim como o que esperar de uma conversa de seleção. No caso de jovens aprendizes, Flávia diz que o que buscam identificar primeiro é a disposição para aprender, já que esta é a função do programa e principal objetivo.

“É um projeto muito relevante para nós, porque vão se formando como profissionais desde o começo. Ensinamos o que é certo e o que é errado, e esse molde que criamos faz com que possam se tornar colaboradores efetivos depois. Ou podem sair daqui com a missão cumprida e certeza de que vão se dar bem em outra empresa. Para nós, é de muita relevância que saiam preparados”, garante.

Flávia realizou uma dinâmica em que cada grupo precisava simular uma entrevista de emprego, justificando a admissão ou não do candidato. “Achei muito legal, porque coloca em prática aquilo que aprendemos. Foi um momento para a gente experienciar como seria uma entrevista e de que forma se portar, porque isso influencia”, afirma Heloiza.

O jovem aprendiz Rafael Lica da Silva, 17 anos, atua na área de Secretaria Acadêmica e almeja uma efetivação. Por isso, para ele foi importante a apresentação sobre como se comportar em uma conversa e apresentar projetos.

“Algumas coisas nós sabemos, mas outras ficamos com dúvida ou mesmo com medo sobre o que fazer, perguntar ou responder. Ela [a Flávia] libertou quase todos os medos que eu tinha de fazer alguma entrevista. Isso foi muito bom para mim, eu gostei bastante”, conclui o jovem.

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Autor: Nayara Rosolen - jornalista
Edição: Larissa Drabeski


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