Jornalismo EAD vira objeto de pesquisa
A educação se torna menos eficaz quando é mediada por tecnologias? Dados do Censo da Educação Superior de 2016, do Ministério da Educação (MEC), apontaram que as matrículas em cursos a distância se aproxima de 1,5 milhão, correspondendo a 18,6% do total dos 8,05 milhões universitários do país. Crescendo em ritmo mais acelerado do que a tradicional educação presencial, a educação a distância (EAD) tem se tornando alvo não somente daquele que querem fazer uma graduação, como também de pesquisadores.
Estudar na modalidade a distância pode interferir na aprendizagem dos alunos? Com foco no curso de Jornalismo, James Klaus Miers, mestrando em Comunicação pela Universidade Federal do Paraná, escolheu como objeto de pesquisa cinco estudantes de Jornalismo EAD da Uninter. A investigação resultou no artigo “Ensino de Jornalismo com disciplinas na modalidade EAD”.
Foram analisados aspectos das modalidades presencial e a distância. Considerou-se também particularidades do curso, como texto, o trabalho em equipe, observação às teorias do jornalismo e leitura. Miers também abordou o princípio do ensino a distância, o perfil do estudante, indicadores, notas e aprovações. O artigo traz críticas e apontamentos positivos sobre as duas modalidades.
Os cinco estudantes escolhidos são de uma turma precursora de sete alunos na modalidade 100% EAD da Uninter em Joinville (SC). Analisando metodologias, Miers ressalta que “a modalidade EAD está em desenvolvimento e busca o melhoramento através da inovação”. Ele destacou como diferencial da instituição o fornecimento do kit de comunicação, e também lembrou a importância da leitura, independentemente da modalidade que se escolhe para fazer uma graduação de jornalismo. “Assim, não é possível afirmar qual o melhor sistema de ensino, mas é possível constatar que sem a leitura nenhum deles será eficiente”, diz.
Autor: Letícia Costa – Estagiária de JornalismoEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal