Jogos gigantes roubam a cena em São José do Cedro
Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de JornalismoO dia 21 de agosto marca oficialmente o primeiro dia da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Neste ano, em comemoração à data, os alunos do curso de Pedagogia e Educação Especial do polo da Uninter em São José do Cedro (SC) participaram do projeto “Jogos Gigantes”.
O projeto consistiu em desenvolver jogos de tamanho extragrande para serem utilizados fora do ambiente de sala de aula, e assim integrar alunos com deficiência, professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e alunos do ensino regular.
A proposta teve como objetivo adaptar atividades voltadas para alunos com deficiência, inclusos no ensino regular, e foi idealizada pelas segundas professoras da Escola de Educação Básica Cedrense.
O segundo professor é um profissional da área de educação especial que acompanha e atua em conjunto com o professor titular em sala de aula. Sua presença nas salas de aulas das escolas de educação básica do sistema estadual de educação de Santa Catarina foi estabelecida pela lei nº 17.143, de 15 de maio de 2017. Essa lei garante a participação deste profissional em turmas que tiverem alunos com diagnósticos de deficiência múltipla, mental, motora, transtorno do espectro do autismo e transtorno de déficit de atenção.
Conversamos com Joceli Zanetti, aluna do curso de pós-graduação em Educação Especial da Uninter e uma das idealizadoras do projeto. Leia os principais trechos dessa entrevista:
Uninter Notícias: Como surgiu a ideia do projeto Jogos Gigantes?
Joceli: A ideia partiu de um curso que fizemos envolvendo segundos professores e professores do AEE, e foi lançada a proposta de realizar atividades voltadas exclusivamente aos alunos inclusos. Decidimos elaborar uma atividade que não ficasse somente em sala de aula. As salas do atendimento especializado já proporcionam diversos jogos, por isso pensamos em fazer em proporções maiores.
UN: Quais jogos foram desenvolvidos?
Joceli: Ao todo foram 18 modalidades, incluindo jogo de xadrez, vareta, ludo, jogo da velha etc. Fizemos jogos desde os mais simples, que não exigem tanto raciocínio e concentração, até os mais difíceis.
UN: Como foi o processo para desenvolver esse trabalho?
Joceli: Quando começamos, a grande dificuldade que estávamos enfrentando era a falta de recursos na escola. Os jogos exigem muitos materiais, como madeira, cola e tintas. Então tivemos que pedir patrocínio. Batemos na porta de empresas, comércio, cooperativas. Fomos muito bem recebidos em todos os lugares por que passamos. Tivemos ajuda de pessoas físicas, professores e diversas contribuições espontâneas. Aqueles que não doaram materiais ou não tinham condição de ajudar financeiramente, doaram seu tempo. Estou imensamente grata, graças a todos eles conseguimos realizar este trabalho.
UN: Como foi a experiência de dividir isso com a Uninter?
Joceli: Eu, enquanto aluna do curso de Educação Especial, tive muitas disciplinas que me proporcionaram fazer atividades voltadas ao aluno incluso. Então, poder dividir essa experiência, que surgiu na nossa escola, com os demais alunos da Uninter foi uma experiência muito boa. O dia 21 foi todo dedicado à instituição e não consigo mensurar o quanto foi maravilhoso dividir isso com eles. Até porque, são futuros profissionais que podem ter outras boas ideias a partir da nossa.
UN: Por fim, como você avalia o resultado do projeto?
Joceli: Acredito que a atividade foi concluída com muito sucesso. Buscamos partir da nossa escola, mas alcançar todos os educandários do município. Foi um trabalho muito cansativo que iniciou no fim de abril, mas ver a realização dos alunos, o olhar das crianças, professores e futuros professores foi gratificante.
Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo PAP São José do Cedro