Jogo desenvolve competências de atendimento dos alunos de EAD
Autor: Ariadne Körber - Estagiária de JornalismoJogos digitais têm se tornado cada vez mais presentes na vida das pessoas, seja no celular, no computador ou no console. Baixado mais de 10 milhões de vezes, Stack Ball foi o jogo gratuito com maior número de downloads no Google Play até maio de 2019, mas ele ainda fica muito atrás do Tetris, que é o jogo mais vendido no mundo, chegando a 170 milhões de downloads.
Os jogos citados acima são apenas para entretenimento, assim como todos os outros do “top 10” dos mais vendidos e baixados. Mas jogos eletrônicos também podem ter fins educacionais. Um exemplo é o jogo Operação Abaporu, que trabalha história, geografia e cultura nacional brasileira, e é voltado para o público infantil.
Na área da educação, há interesse crescente por esse tipo de ferramenta para a formação de jovens e adultos. Por isso, Claire Stele Marambio Martinez, mestranda de Educação e Novas Tecnologias da Uninter, idealizou um jogo para desenvolver competências de atendimento com alunos educação a distância do Senac.
O jogo, que é o tema da dissertação de Claire, foi apresentado em 20 de março durante a defesa de sua dissertação, no campus Divina, em Curitiba (PR), e tem o objetivo de trabalhar o atendimento a portadores de necessidades especiais, buscando mudar o olhar dos alunos sobre esse público. Claire pensou numa forma de colocar os estudantes em situações simuladas com esses casos. O projeto ganhou forma pelas mãos do programador Leonardo Santos Teles.
“A experiência foi ótima. Eu adoro desenvolver jogos, e por mais que sejam jogos simples, são projetos difíceis de se desenvolver. Mas é justamente por exigir mais na hora de programar que se atinge uma grande satisfação quando se vê o projeto concluído, com feedbacks positivos e, nesse caso, com a aluna conseguindo o título de mestre”, comentou Leandro.
Claire conta que durante o mestrado os dois filhos foram essenciais tanto pela compreensão da ausência da mãe para fazer a pesquisa quanto pelas sugestões para fazer do jogo um material didático agradável e interativo. “Temos que ter cuidado para não usar a tecnologia só como artefato, mas usá-la com significado”, conclui a nova mestre.
Autor: Ariadne Körber - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Ariadne Körber - Estagiária de Jornalismo