Janeiro Branco: em busca da saúde mental e emocional

Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo

Desde o ano de 2014, o primeiro mês do ano passou a ser chamado de ‘janeiro branco’, sendo dedicado à campanha de cuidados com a saúde mental, numa iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados oficiais mostram que cerca de 12 milhões de brasileiros sofrem de depressão, o que é equivalente a 5,8% da população, colocando o país em segundo lugar no ranking das Américas (atrás apenas dos Estados Unidos).

A chegada da pandemia de Covid-19, que assola nosso país desde março de 2020, agravou ainda mais o quadro de saúde mental em todo o mundo, pois o isolamento social está causando cada vez mais problemas emocionais e mentais na população. Neste cenário, o tema saúde mental / emocional se tornou ainda mais importante.

Para falar sobre isso, entre os dias 26, 28 e 29.jan.2021, a Uninter realiza um circuito de palestras, transmitidas através da aba “ao vivo” do Ava Univirtus, com a presença de alguns profissionais da área da psicologia e da saúde mental.

O primeiro dia contou com a participação da Dra. Eliane Terezinha Troian e do psicólogo Raphael Santana Pinto, que ministrou a palestra intitulada “Mitos e Verdades sobre a Saúde Emocional”. A mediação dos comentários ficou por conta da analista de gestão de pessoas da Uninter, Rosilaine Morfinato.

O que é saúde emocional?

Ao falar sobre o tema, é comum que surjam controvérsias e diversos estigmas populares na sociedade. Concepções equivocadas fazem com que muitas pessoas deixem de dar a atenção necessária a estes problemas.

Segundo Raphael, muitas pessoas ainda associam problemas de saúde mental ao estigma da loucura, o que pode nos levar a um caminho perigoso. Primeiro de tudo, é preciso desvendar o termo “saúde”, que segundo a OMS se refere a um “estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.

Portanto, reforça o especialista, isto significa que não se deve pensar em a saúde mental apenas diante de casos de depressão ou transtornos psicológicos, pois em várias situações cotidianas podemos nos beneficiar de cuidados específicos desta área: “No enfrentamento de situações da vida pessoal ou profissional, lidamos com pressões que nos afetam pouco a pouco e seriam prejudiciais em nossa plena saúde”, comenta Raphael.

Em busca do equilíbrio emocional

Atualmente, o Brasil é o país com maior número de pessoas ansiosas no mundo (18,6 milhões), segundo a OMS, sendo que e a ansiedade é considerada o 3º maior fator de afastamento do trabalho.

Esses dados nos mostram que a princípio “algo que era para ser um instinto humano acaba se intensificando, seja por acontecimentos ou problemas que não são resolvidos totalmente, por isso é preciso se atentar ao seu excesso e a forma como lidamos com isso”, completa Raphael.

Os efeitos que a ansiedade pode trazer envolvem sintomas físicos como dor no peito, respiração ofegante, boca seca e taquicardia, e sintomas psicológicos como sensação de que algo ruim irá acontecer, tensão constante, dificuldade para dormir, entre outros.

Mesmo diante de tantas adversidades, Raphael acredita que é possível encontrarmos o equilíbrio. Existem diversas formas de passar por esses transtornos e minimizar seus sintomas, com ajuda profissional e cuidados com nossas necessidades básicas, envolvendo desde uma alimentação saudável a práticas de exercícios, cuidados com a rotina e repouso adequado. A busca por acompanhamento terapêutico é também um fator essencial nessa batalha.

Ao final da palestra, Raphael citou uma frase da filosofia budista que nos revela caminhos para enfrentar nossos problemas emocionais e mentais: “O segredo da saúde, mental e corporal, está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente”.

Para ter acesso ao conteúdo da palestra na íntegra, basta acessar o Ava Univirtus com seu RU e Senha, clicar na aba “ao vivo” no lado direito da janela e pesquisar por “Mitos e verdades sobre a Saúde Emocional”.

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Autor: Igor Ceccatto - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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