Internacionalização amplia desenvolvimento profissional dos estudantes
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaMais de 1,5 mil estudantes se candidataram para as 24 vagas oferecidas pelo Programa de Intercâmbio do departamento de Internacionalização da Uninter em abril deste ano. A procura cada vez maior demonstra que o Brasil está descobrindo a importância da cultura de internacionalização do ensino.
Atualmente, o centro universitário possui convênio com 33 instituições da América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia, e está em negociação com mais cinco. Entre agosto e setembro de 2023, quatro alunos partem para a Woosong University, na Coréia do Sul, e outros 20 para Portugal. Dez vão se instalar na Universidade Beira Interior e os outros no Instituto Politécnico de Leiria.
“A internacionalização é um caminho muito sem volta, porque o mercado brasileiro, assim como o mundo, é globalizado, é algo que já acontece. Cada vez mais, um profissional se torna completo a partir do momento que consegue ter essa visão e trabalhar inserido em todos os ambientes e contextos mundo afora”, garante o diretor acadêmico da Internacionalização, Glavio Leal Paura.
De acordo com Glavio, a vantagem de um estudante optar por fazer o intercâmbio por meio da instituição em vez de qualquer outro está no fato de que no edital da Uninter só entram as vagas em que os estudantes tenham algum benefício. No caso da Woosong University, por exemplo, os alunos só pagam a estadia por seis meses e ficam livres da mensalidade da instituição.
O diretor acadêmico pondera que, embora seja um valor relativamente baixo, entende que há uma faixa de alunos que muitas vezes não tem a possibilidade de sair do país por dois principais motivos. “Ou por uma questão financeira, ou porque tem um bom trabalho e não pode se afastar por seis meses, um ano”, explica.
Para isso, surgem os intercâmbios virtuais, que funcionam com a entrada dos estudantes no sistema e utilizando toda a estrutura de educação a distância (EAD) da instituição estrangeira, como no caso de parcerias com a Universidad Central de Chile (UCEN), no Chile, e a Universidad San Ignacio de Loyola, no Peru.
“Também estamos preocupados com o aluno que não pode ir […] Se por um lado ele perde a vivência cultural do dia a dia naquele país, ganha a outra parte do intercâmbio, que é o desenvolvimento profissional, com a visão de outro país, conseguindo formar um profissional mais globalizado”, salienta Glavio.
Para o próximo ano, o diretor acadêmico revela que até o momento já existem 52 vagas de intercâmbio, que se dividem entre Ásia, Europa e América do Norte.
Expansão internacional
Além do Programa de Intercâmbio, Glavio conta que a Internacionalização age em outras frentes para uma expansão internacional cada vez maior. Nos próximos meses, o departamento abre edital próprio para um programa de imersão em línguas. Até agora, são dez vagas para imersão em língua inglesa e uma vaga para imersão em língua italiana. A equipe segue em busca de oportunidades também para o espanhol.
Ainda em outubro de 2023 será lançado o primeiro curso de extensão da Uninter em parceria com uma universidade estrangeira, a Universidade de Coimbra, em Portugal, na área de Jornalismo Regional. Uma oportunidade já bastante conhecida no exterior como summer school, que funciona como uma disciplina isolada com validade de crédito, a qual o aluno pode fazer no período de verão (no hemisfério norte).
“É a primeira vez que estamos fazendo a quatro mãos, totalmente EAD. Vai ter algumas aulas síncronas com inserção de alguns profissionais da área, tanto de Portugal, quanto do Brasil. A Universidade de Coimbra é responsável por captar e gerenciar os alunos portugueses e a Uninter, os nossos alunos”, complementa o Glavio.
Nos dias 15 e 16 de maio, o professor João Figueira, que atua na Universidade de Coimbra, esteve em Curitiba (PR) e participou de algumas atividades na Uninter. Na segunda-feira, o profissional conversou com os docentes envolvidos no grupo de pesquisa Comunicação, Tecnologia e Sociedade, com o objetivo de debater os trabalhos desenvolvidos e pensar em possíveis parcerias.
No dia seguinte, Figueira se reuniu com o reitor, Benhur Gaio, o vice-reitor, Jorge Bernardi, o pró-reitor de Graduação, Rodrigo Berté, o pró-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, Nelson Castanheira, o diretor da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios, Elton Schneider, a coordenadora de Pesquisa e Extensão, Desiré Dominscheck e o coordenador do curso de Jornalismo, Guilherme Carvalho.
Durante o encontro, os profissionais firmaram a parceria entre a Uninter e a instituição portuguesa. Ainda na noite de terça-feira, Figueira participou de uma transmissão ao vivo com o coordenador de Jornalismo sobre Desinformação e fake news e a corrosão da democracia, que pode ser assistida na íntegra.
Caso de sucesso
Uma colaboração entre a Uninter e a First Nation University (FNUniv), do Canadá, realizada em fevereiro deste ano, se tornou um case de sucesso. O Collaborative Field Experience (CFE) foi apresentada pelo governo canadense durante a Conferência da Associação Brasileira de Educação Internacional (FAUBAI) 2023, que aconteceu em Belo Horizonte (MG), em abril.
Na oportunidade, entre os dias 17 e 27 de fevereiro, 15 estudantes da FNUniv e 15 estudantes da Uninter visitaram pontos históricos do estado do Paraná e com ligação à cultura indígena local, além de conhecerem as instalações do centro universitário em Curitiba (PR).
Glavio esteve presente na primeira edição presencial do Faubai após as restrições da pandemia e conta que “o tempo todo o governo do Canadá nos apresentou e mostrou vídeos do programa como um case de sucesso de colaboração com universidades do Brasil”.
“Sabemos que aconteceu, que foi legal, mas às vezes a gente não tem a dimensão da importância que o outro lado deu também”, aponta.
O diretor acadêmico destaca que as universidades brasileiras, de modo geral, quase não são conhecidas mundo afora, sendo necessário “fincar essas bandeiras” para mostrar a qualidade. O profissional, que trabalha há quase dez anos na área de internacionalização de ensino, afirma que “de tecnologia educacional e educação a distância, é muito difícil ter alguém ombro a ombro com a Uninter”.
Por isso, a Uninter segue expandindo polos em territórios estrangeiros. No início de maio, o reitor Benhur Gaio foi a Madri para a inauguração do polo espanhol, que fica em uma das maiores avenidas da cidade (Paseo de La Castellana, 77, entrada pelo WeWork). Uma estrutura física com todos os recursos necessários para que os estudantes possam desempenhar as atividades acadêmicas, com acesso à internet, computadores, laboratórios portáteis e toda acessibilidade de localização e infraestrutura.
Gaio apresentou uma edição especial do programa Conversa com o Reitor, diretamente de Madri. Ao lado do gerente de negócios internacionais da Uninter, Fabiano Ozique, ele contou todos os detalhes da novidade. A transmissão da Rádio Uninter, realizada em 5 de maio, e segue disponível para livre acesso.
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaEdição: Arthur Salles - Assistente de Comunicação Acadêmica
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