Instituto IBGPEX apresenta à Uninter os 33 novos jovens aprendizes
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaOs 33 adolescentes vinculados ao Programa Jovem Aprendiz do Instituto IBGPEX serão incorporados no dia 3 de março a 15 setores da Uninter, onde irão desenvolver atividades práticas pelos próximos 11 meses. Para compor a turma deste ano, o instituto recebeu 530 currículos e contabilizou 167 inscrições.
As aulas preparatórias começaram no dia 1º de fevereiro. Pensando no melhor acolhimento dos jovens para a jornada de 11 meses de aprendizado e desenvolvimento profissional, o IBGPEX realizou uma apresentação aos gestores dos departamentos em que eles serão alocados. Para isso, fez uma videoconferência no dia 23, com os detalhes do programa.
Participaram a gestora de projetos especiais do IBGPEX, Rosemary Suzuki, a pedagoga Elaine Gonçalves, o instrutor Leandro Prado e a assistente social Fernanda Fernandes. Também estiveram no encontro online o coordenador de gestão de pessoas da Uninter, Christiano Lopes Affonso, e a analista de gestão de pessoas Elisandra Wolski.
Christiano salienta a importância dos gestores para o desenvolvimento dos aprendizes. Para ele, todas as equipes estão “trabalhando com sonhos”, já que muitas vezes esta é a primeira oportunidade de trabalho e o início de toda uma carreira profissional. Uma carreira que, inclusive, pode começar dentro da própria instituição.
Desde 2007 a Uninter acolhe o Jovem Aprendiz, e a partir de 2018 o IBGPEX assumiu a gestão do programa na capacitação e formação de jovens e adolescentes, que já soma mais de 700. Muitos deles acabaram sendo incorporados pela instituição, por meio da efetivação como colaboradores.
Desde o início da parceria entre o Instituto e a Uninter, 37 aprendizes foram efetivados. No último ano, 18 de uma turma de 34 permanecem trabalhando na instituição. Entre as turmas de 2018 e 2021, o índice de contratação de jovens vinculados ao programa teve um crescimento de 39%.
Christiano diz que na última formatura, em dezembro de 2021, pode ver o brilho nos olhos dos aprendizes, o quanto são gratos pelo programa. “Independentemente de terem ficado ou não [trabalhando na Uninter], todos estão prontos para o mercado de trabalho”, salienta.
Mudança de perfil
No IBGPEX desde 2018, Elaine lembra que só neste período foram formadas sete turmas, com 129 jovens e adolescentes. Nos últimos quatro anos, os formandos contabilizam 2.776 horas de aulas teóricas e 5.280 horas de atividades práticas junto aos setores da instituição.
A pedagoga observa uma mudança de perfil entre a atual e a última turma. No ano passado, 21 jovens estavam no ensino superior e três cursavam o ensino médio. Já em 2022, de acordo com o instrutor Leandro Prado, seis estão no ensino superior e 11 cursam o ensino médio, enquanto os outros 16 já concluíram o ensino médio.
Empatia dos gestores
Rosemary garante ser “gratificante trabalhar com aprendizagem” e salienta a importância da empatia na incorporação destes jovens. Para ela, um exercício importante para gestores e colaboradores que terão contato direto com os aprendizes é lembrar do primeiro dia de trabalho de cada um. Trata-se de uma fase normalmente carregada de expectativa e vontade de aprender, mas também de inseguranças e descobertas.
Ela ressalta ainda que o IBGPEX e a Uninter farão parte da história desses jovens e adolescentes, que daqui a alguns anos poderão ser gestores também. “A gente não sabe quão grande eles serão, mas a gente está trabalhando para que sejam os melhores”, garante.
“A nossa missão é, por meio da responsabilidade social, despertar e desenvolver pessoas que sejam capazes de transformar o futuro de outras pessoas. De mão em mão, de um em um, a gente vai transformando o mundo”, conclui Rosemary.
Acompanhamento social
A assistente social Fernanda Fernandes enfatiza a importância do trabalho realizado junto aos pedagogos, instrutores e demais profissionais envolvidos ao longo desta trajetória. Um acompanhamento que envolve não só os jovens, mas também as famílias deles, pois de acordo com a lei da aprendizagem a triagem do perfil socioeconômico prioriza a inclusão de jovens e adolescente entre 14 e 24 anos em situação de vulnerabilidade e/ou risco social.
Fernanda destaca o acompanhamento social em quatro momentos:
- 1) a orientação dos jovens em licença maternidade, licença médica, afastamento INSS e outros;
- 2) o atendimento de jovens em conflito com a lei, problemas financeiros, por indisciplina, conflitos sociais e dependência química;
- 3) o encaminhamento das necessidades sociais para programas e benefícios sociais e outros órgãos;
- 4) o acompanhamento de faltas por motivos financeiros, de saúde, moradia, conflitos com a lei e outras situações.
A analista de gestão de pessoas Elisandra Wolski lembra que as pessoas que capacitam e orientam os aprendizes nas atividades práticas devem atuar como mentores, para conduzir os jovens pelo caminho profissional. Isso se dá principalmente nos primeiros contatos, pois eles ainda são inexperientes e é partir dali que irão construir o olhar sobre o trabalho e o futuro profissional.
Para isso, ela cita alguns pontos importantes a serem trabalhados, como alinhar as expectativas, esclarecer o contexto e importância das atividades, manter uma comunicação constante, combinar com detalhes a jornada de trabalho, verificar a produtividade e o cumprimento de metas e a realização de feedbacks frequentes.
Elaine ainda mostra alguns depoimentos dos jovens que ingressaram neste mês e ainda estão passando pela primeira parte teórica, mas que já demonstram gratidão e satisfação por poder fazer parte desta formação.
Com a palavra, os aprendizes
“Sendo sincero, eu não estava com grandes expectativas no início do processo seletivo, pensava que seria apenas mais uma vaga em meio a tantas outras que eu me candidataria e não resultaria em nada”, diz Israel Gibim, de 16 anos, que atuará no setor de Cobrança.
“Que bom que, desta vez, eu estava enganado e enfim consegui minha primeira oportunidade de emprego logo na Uninter, uma instituição que, em apenas uma semana, já tem me surpreendido positivamente, seja no tratamento e comprometimento de cada pessoa envolvida, quanto nos benefícios que a empresa proporciona”, conclui Israel.
“Aprender, acima de tudo, é o que eu espero. Porém, esta é uma palavra que pode possuir muitos significados. Estudar é aprender, conhecer pessoas novas é aprender, ver uma palestra é aprender, até mesmo ensinar é aprender. E tudo isso é o que eu espero encontrar aqui na Uninter, essa empresa que me abriu as portas do mercado de trabalho”, afirma Elissandro Sikora, de 18 anos, também do setor de Cobrança.
“Talvez eu ainda não saiba como ‘trabalhar’ em uma empresa, ainda não tenha experiência nesse quesito, mas isso eu posso aprender aqui na Uninter, para que assim, em um futuro próximo, eu possa dizer com todo o orgulho do mundo: ‘eu aprendi’”, finaliza Elissandro.
Ao final das apresentações na videoconferência, os gestores puderam trocar experiências, compartilhas suas visões e relatar as vivências que já tiveram com os aprendizes, além de sanar dúvidas. Conheça mais sobre o programa Jovem Aprendiz na matéria realizada pela CNU, neste link.
Autor: Nayara Rosolen - JornalistaEdição: Mauri König
Créditos do Fotógrafo: Reprodução