Informação é arma poderosa na luta contra o alcoolismo

O álcool é uma substância bastante presente na vida dos brasileiros. Os níveis de seu consumo são diversos, podendo transitar desde o uso recreativo até o vício. O Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, comemorado em 20 de fevereiro, é uma data importante para falar sobre esse assunto que ainda é tabu em nossa sociedade.

Com a união dos departamentos de Marketing, CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), a Uninter realizou uma série de encontros que tiveram o alcoolismo como tema.

Entre 18 e 21.02.2020 foram realizados sete encontros em várias unidades do Grupo Uninter. A programação começou na sede Corporativa, dia 18. Depois, Araucárias, Mossunguê e Campo Largo receberam o encontro no dia 19. Dia 20, o bate-papo foi nos campi Garcez e Divina Providência. No dia 21, foi a vez da unidade 13 de Maio e do campus Tiradentes.

Todos esses momentos foram mediados pela médica Eline Troian, que trabalha no Grupo Uninter e tem vasta experiência em saúde ocupacional. Ela é especialista em medicina do trabalho e já atuou em organizações como HSBC, Bradesco e INSS. “A ideia desse evento e de outros que virão é trabalhar dentro da Uninter a educação sobre saúde. É muito mais importante você prevenir, ter qualidade de vida, do que tratar doenças. Com a união do Marketing, a CIPA e a nossa gestão de pessoas, montamos um calendário com temáticas para o ano inteiro. Sempre com foco na prevenção, educação e saúde”.

Os eventos consistiram em uma sessão de cinema (com direito a refrigerante e pipoca) que exibia uma edição do programa Café Filosófico (TV Cultura): “Álcool: A Droga Legalizada”, com o psiquiatra Arthur Guerra. O programa propõe uma reflexão crítica acerca do alcoolismo, começando com o entendimento médico dessa questão, desde 1952, com a publicação do primeiro DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders), manual estadunidense que é utilizado pelos profissionais da medicina até hoje para facilitar o diagnóstico de doenças mentais, até os dias atuais com a moda do binge drinking  – prática comum entre estudantes universitários que consiste em beber altas quantidades de álcool até, literalmente, cair.

A maior adesão ao evento aconteceu na unidade Campo Largo, e contou com um relato voluntário de um colaborador sobre a experiência do alcoolismo em sua família. Eline sempre quis desenvolver um evento desse tipo, pois acredita que com ele é possível incentivar as pessoas a cuidar de sua saúde.

“Toda empresa é feita de pessoas, sem elas não há prosperidade. Se elas estiverem bem, com saúde e satisfeitas, isso será bom para a organização. Não só saúde física, mas também saúde mental. Essa atitude de cuidado começa nos exames admissionais e periódicos, cumprindo a legislação trabalhista. Esses exames também servem para incentivar que o funcionário cuide de sua saúde. Em um exame rápido não é possível curar uma doença, mas esse momento serve de sinal de alerta para que o colaborador vá tratar essas questões em um especialista”, comenta.

Sobre a temática do evento, Eline explica que, por ser legalizado, o álcool não é considerado uma droga pela maioria das pessoas. “O álcool é uma droga lícita, que você compra em qualquer lugar. Se você for à praia na época de carnaval, é possível ver as latinhas de cerveja nos muros das pessoas quase como uma decoração. É um tema pouco focado. Quando se fala em drogas, as pessoas não associam ao álcool. É a droga mais usada. Por ser legalizada, atinge mais pessoas”, enfatiza.

A programação de encontros sobre saúde continuará nos próximos meses. Os canais de comunicação estão disponíveis para que os colaboradores entrem em contato e sugiram temas que considerarem pertinentes. “Focamos nas principais datas do ano, mas a sugestão de temas é bem-vinda. Às vezes com recomendação de profissionais que possam tratar das temáticas de diversas formas”, finaliza Eline.

 

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Autor: Fillipe Fernandes - Estagiário de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Fillipe Fernandes - Estagiário de Jornalismo