Setor industrial cresce no Nordeste

Autor: (*) Rosinda Angela da Silva

A produção industrial no Brasil, em monitoramento, mostra números positivos em diversos segmentos e deve trazer otimismo para o setor industrial no próximo semestre. Entre os pontos que embasam esse otimismo está o crescimento da indústria brasileira que alcançou em abril deste ano 55,9 de PMI (Purchasing Managers Index), índice que mede o desempenho da economia do país e auxilia na análise de tendências de expansão ou retração de alguns segmentos.

Esse foi o maior nível do PMI em quase três anos, indicando uma expansão robusta, considerando que no mês anterior (março de 2024), o PMI foi de 53,6. Este crescimento foi impulsionado pelo aumento das novas encomendas, tanto no mercado interno, quanto nas exportações, especialmente para regiões como Ásia, Europa, América Latina e Estados Unidos. Em consonância a isso, em fevereiro de 2024, a indústria nacional apresentou um crescimento de 5,0% em comparação com fevereiro de 2023, registrando resultados positivos em diversas atividades, incluindo veículos automotores, celulose, papel, produtos alimentícios, e biocombustíveis.

Além da expansão robusta da indústria nacional, outro fator que chamou a atenção a partir da Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada pelo IBGE, foi o desempenho dos estados do Nordeste no segmento, no qual quatro dos nove estados apresentaram desempenho muito significativo. Entre eles, o Rio Grande do Norte, que apresentou o melhor índice nacional, de 67,3% de crescimento, se comparado com fevereiro de 2023.

O IBGE explica que esse crescimento foi impactado pelo comportamento positivo no setor de coque e os derivados de petróleo e biocombustíveis. Os outros estados do Nordeste que se sobressaíram foram o Ceará com 14,3%, Bahia com 6,1% e Pernambuco com 5,3%.

Com esse cenário, a atividade industrial brasileira é promissora para o próximo semestre, pois, parece que a confiança empresarial está fortalecida e a demanda está aquecida, o que deve impactar positivamente na criação de empregos e na expansão da atividade industrial.

Deve-se ficar atento aos desafios que o crescimento traz, como por exemplo, o aumento dos custos das operações industriais, dos custos dos transportes e a escassez de determinados insumos. Atenção também aos movimentos da inflação, que reduz o poder de compra dos consumidores e ao comportamento da taxa básica Selic que está em 10,5% e que, embora tenha sido reduzido gradualmente nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (COPOM), ainda é alta para trazer um crescimento sustentável para a indústria brasileira.

* Rosinda Angela da Silva é mestre em Desenvolvimento de Novas Tecnologias e Mestre em negócios internacionais. É professora da Escola de Gestão, Comunicação e Negócios da Uninter.

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Autor: (*) Rosinda Angela da Silva
Créditos do Fotógrafo: Pixabay


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