Imersão em realidade virtual marca segundo dia de Simpósio da Uninter

Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de Jornalismo

O termo “realidade virtual”, referente à mistura entre a percepção mediada pela tecnologia e o contato direto com a vida real, tem se difundido cada vez mais. Muito em função do entretenimento e do lançamento dos óculos de realidade virtual, que se popularizaram no mundo dos games, essa tecnologia tem ganhado força e cada vez mais investimentos. Ao longo da última década, essa experiência imersiva adquiriu diversas aplicações e hoje pode ser encontrada também na indústria e em ambientes educacionais.

A Escola Politécnica da Uninter, em seu V Simpósio de Engenharias e Tecnologia, trouxe Igor Sales, coordenador e cofundador da Imersys – empresa desenvolvedora de sistemas imersivos – para apresentar o assunto.

As informações virtuais interagem em diferentes níveis de intensidade com o ambiente real. Se isso fosse colocado em um gráfico, em lados opostos teríamos o ambiente real, constituído apenas por elementos existentes no plano tangível, e o ambiente virtual, construído digitalmente e acessível apenas por dispositivos. No centro encontraríamos a realidade misturada, capaz de mesclar os conteúdos entre os dois mundos.

“A realidade aumentada se encarrega de projetar elementos do ambiente virtual no ambiente real, permitindo sua completa manipulação. A realidade virtual, por sua vez, é capaz de estimular múltiplos sentidos enquanto transporta o usuário para dentro de um ambiente virtual”, esclarece Igor.

De acordo com ele, os principais motivos para se utilizar a realidade virtual vão desde segurança e economia de custo, até a viabilização de visitas em ambientes inóspitos ou inacessíveis. Igor apresentou cases como o da Usina Hidrelétrica de Itaipu, que utilizou a tecnologia para treinar os engenheiros para situações de emergência que não poderiam ser reproduzidas sem a paralisação de toda a usina.

A Uninter já atua em parceria com a empresa Imersys em algumas disciplinas de seu curso de Engenharia Civil, buscando trazer inovação e excelência de ensino para seus alunos. A apresentação da empresa chamou a atenção dos estudantes, que interagiram tirando suas dúvidas pelo chat do evento ao vivo. Para acompanhar a palestra do Igor, acesse o link.

Iniciação científica na Escola Politécnica

Encerrada a palestra magna que abriu o segundo dia do evento, foi a hora de dar voz aos estudantes da iniciação científica. Os alunos se revezaram na apresentação de seus projetos. Os vídeos gravados por eles de suas casas foram exibidos, enquanto os autores estavam disponíveis no chat para o esclarecimento de possíveis dúvidas sobre o tema.

A primeira exposição de trabalho da noite ficou sob a responsabilidade dos alunos Germano Romanowski Foltran, Lucas Santos de Oliveira e Rafael Lemos Diniz. A pesquisa Desenvolvimento de um PBL aplicado aos cursos de Engenharia Mecânica e/ou Engenharia de Produção é orientada pela professora Francielly Elizabeth De Castro Silva e consiste em uma metodologia de aprendizagem baseada em projetos. Neste projeto, os alunos, através do levantamento da literatura e das investigações e procedimentos realizados, chegaram às equações e critérios necessários para o dimensionamento de um motor de Ciclo Otto, ciclo termodinâmico mais comum em motores de automóveis.

O projeto Desenvolvimento de jogo digital para desenvolvimento de egressos com perfil alinhado às novas exigências do mercado está sendo aperfeiçoado há 3 anos e conta com a participação de diversos professores da Escola Politécnica. No Simpósio, ele foi apresentado pelo aluno de Engenharia de Produção, Robson Rabello Sasso, responsável pela parte gráfica da criação de cenários.

“O jogo Strategos é um jogo de sobrevivência, onde o jogador vai usar elementos de química, física e matemática para conseguir evoluir conforme for jogando. Eu nunca havia desenvolvido nada nessa área, então a pesquisa bibliográfica foi muito importante. Utilizei a ferramenta Unity e aos poucos fui progredindo”, afirma.

O estudante Rafael Lemos Diniz apresentou a pesquisa Engenharia para cidadania, realizada sob a orientação da professora Fernanda Fonseca. “Ser cidadão implica no conceito da existência humana com dignidade. Na sociedade é imprescindível que a educação tenha uma base sólida para que se torne uma sociedade cidadã”, explica o aluno. Foi partindo desse conceito que o projeto realizou um levantamento para identificar possíveis pontos de vulnerabilidade no bairro Anjo da Guarda, em São Luís (MA). O estudo identificou um grande déficit no processo de educação da região, que afeta principalmente os jovens.

O profissional de serviços na ótica da engenharia é o um projeto liderado pelas professoras Dayse Mendes e Kellen Coelho Dos Santos. A pesquisa, que ainda se encontra em seu primeiro ano de existência, já foi aceita em um simpósio internacional e busca aprofundar os estudos sobre como formar profissionais na área de serviços.

Mellany Jhuly de Oliveira e César Bundchen Záccaro, alunos integrantes do projeto, explicam: “Os bens são produtos tangíveis, não precisam da presença do cliente e são consumidos em momentos diferentes da sua produção. Já os serviços são consumidos no momento em que são produzidos, intangíveis. Nosso objetivo é investigar a viabilidade de fomentar a formação de engenheiros para atuar também neste setor”.

Para fechar a noite, Jáderson Carvalho e Rafael Lemos Diniz, estudantes orientados pela professora Fernanda Fonseca, apresentaram o trabalho Planejamento de proposta didática fundamentada na Neurociência Educativa para ensino dos Modelos Atômicos. O projeto visa desenvolver estratégias neurocientíficas que auxiliem os educadores para estimular a aprendizagem dos alunos.

Para conferir todos os detalhes das apresentações, acompanhe a gravação do evento na página da Escola Politécnica no Facebook e canal do Youtube.

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Autor: Bárbara Possiede - Estagiária de Jornalismo
Edição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro


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