Hemilyn derruba todos que encontra pela frente. Até no Uzbequistão
Autor: Evandro Tosin - Estagiário de JornalismoEntre golpes, disciplina e muito treinamento, Hemilyn Thomas Butinge vai derrubando seus adversários. A jovem atleta de 14 anos da seleção brasileira recentemente disputou o Campeonato Mundial de Taekwondo Cadete, no Uzbequistão, na categoria até 44 quilos, e vem aumentando sua coleção de medalhas.
Hemilyn mora na cidade de Rio Bonito do Iguaçu (PR) e a viagem para Ásia Central contou com o patrocínio dos polos de educação a distância da Uninter de Laranjeiras do Sul (PR) e Quedas do Iguaçu (PR), que têm como gestor Nilton Batista.
Janice Thomas, mãe de Hemilyn, é professora de escola pública municipal e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), além de ser estudante de Administração na Uninter. A atleta recebe apoio da prefeitura da cidade vizinha de Saudade do Iguaçu (PR), local em que cursa o ensino fundamental e treina com professor Gilberto Morando.
As adversárias de Hemilyn não foram só as outras atletas no Uzbequistão. A temperatura nessa época do ano no país asiático pode chegar aos 40 graus. Foi a quarta competição internacional de que ela participa, sempre representando a seleção brasileira. Ainda esse ano, Hemilyn ganhou o bronze no Pan-Americano em Oregon (EUA).
Se a filha é dedicada ao esporte, a mãe Janice é dedicada aos estudos e à formação profissional. Ela é egressa dos cursos de Pedagogia e Letras, e dos cursos de pós-graduação em Educação Especial, Alfabetização e Letramento, Metodologia de Ensino da Língua Portuguesa e Estrangeira. E agora ela busca o sexto diploma, em Administração – todos pela Uninter.
Já os triunfos da filha estão no esporte. No Brasil, entre as competições nacionais, a jovem ganhou o 1º lugar no Grand Slam de Taekwondo em 2019, foi campeã da Copa do Brasil em 2018 e do Campeonato Brasileiro de 2017. “Filha única, realmente ela é muito empenhada, veste a camisa, se dedica ao máximo, apaixonada pelo que faz e por isso está tendo os resultados“, relata a mãe e principal incentivadora da jovem atleta.
Para Janice, que trabalha como educadora, a disciplina de Hemilyn no esporte também ajuda na sala de aula. Ela é uma das crianças que mais se sobressai no colégio – suas notas estão constantemente acima de 9,5. “Se a criança vai bem no esporte, lógico que vai bem nos estudos”, ressalta a mãe.
Em 2011, Hemilyn começou a praticar o esporte aos sete anos de idade. A arte marcial, criada na Coréia do Sul na metade dos anos 50, chegou ao Brasil em 1970 por meio do mestre Sang Min Cho.
A palavra “taekwondo” é formada por três partes: “TAE” quer dizer bater com o pé, “KWON” é ato de defender ou golpear com a mão, e “Do” faz referência à “arte” ou ao “caminho”. É assim que mãe e filha permanecem no “caminho dos pés e das mãos através da mente”. Enquanto Hemilyn executa seus golpes com perfeição e vai conquistando títulos, Janice caminha para concluir sua terceira graduação do ensino superior.
A desportista embarca neste mês com destino à Viña del Mar, no Chile, para disputar o Chile Open Taewondo 2019, que ocorre entre os dias 12 e 15 de setembro.
Autor: Evandro Tosin - Estagiário de JornalismoEdição: Mauri König
Revisão Textual: Jeferson Ferro
Créditos do Fotógrafo: Arquivo pessoal Hemilyn Thomas Butinge