Grupo internacional avalia o legado da Olimpíada no Rio

Rio de Janeiro - Visitantes no Parque Olímpico durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016, na Barra da Tijuca. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

 

Letícia Costa – Estagiária de Jornalismo

Com grandes investimentos financeiros e mudanças na infra-estrutura urbana, os megaeventos costumam causar diversos impactos nas cidades-sede. Após um ano do término dos Jogos Olímpicos de 2016, que reuniu atletas de 169 países, quais foram os impactos sociais e econômicos? Qual imagem o Rio de Janeiro e o Brasil buscavam apresentar para o mundo com a Olimpíada? Teria aumentado o fluxo de trabalhadoras do sexo?

Um grupo formado por pesquisadores de três países busca responder a essas questões. Entre eles está Bárbara Schausteck de Almeida, professora do curso de Educação Física da Uninter. Bárbara esteve na Inglaterra nos dias 14 e 15 de junho para participar da primeira reunião do grupo, que conta com seis pesquisadores, três deles do Reino Unido, um do Canadá e dois do Brasil.

Um dos trabalhos em andamento intitula-se “Trabalhadoras do sexo no contexto dos megaeventos esportivos: examinando os impactos do Rio 2016”, que está sendo financiado pelo Conselho de Pesquisa Econômica e Social (ECOSOC), órgão coordenador do trabalho econômico e social da ONU, das agências especializadas e das demais instituições integrantes do Sistema das Nações Unidas. Bárbara é responsável pela primeira das quatro partes da pesquisa.

“O principal propósito dessa primeira parte é apontar qual foi a imagem que o Rio de Janeiro e o Brasil buscavam apresentar para o mundo a partir dos Jogos Olímpicos, que, pela importância internacional e visibilidade pelos diferentes veículos de mídias, são considerados uma vitrine para cidades e países-sede. Nessa intenção de apresentação ao mundo, verificamos também quais foram as mudanças urbanas necessárias, que incluíam uma forte preocupação com segurança e saúde, especialmente pelo vírus da Zika, na época”, explica Bárbara.

Já os demais pesquisadores verificaram o aumento do número de turistas em uma época que é de baixa no turismo na cidade e, também, desconstruíram a ideia de que megaeventos esportivos geram uma demanda anormal de serviços sexuais. “O que não parece ter sido confirmado”, acrescenta Bárbara. Estão sendo analisados documentos oficiais dos jogos e dos governos, como também notícias veiculadas na mídia brasileira.

Os pesquisadores estão realizando coleta e análise dos dados. A previsão é de que o próximo encontro aconteça em 2018, em um evento de fechamento do projeto de pesquisa a ser realizado no Rio de Janeiro.

Edição: Mauri König

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